Mensagens de Luz

Reflexões Diárias. Mensagens Espíritas.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Dando o Melhor


Muitas coisas se falam a respeito de Beethoven. O fato de ter composto extraordinárias sinfonias, mesmo após a total surdez, é sempre recordado.
Exatamente por causa de sua surdez, ele era pouco sociável. Enquanto pôde, escondeu o fato de sua audição estar comprometida.
Evitava as pessoas porque a conversa se lhe tornara uma prática difícil e humilhante. Era o atestado público da sua deficiência auditiva.
Certo dia, um amigo seu foi surpreendido pela morte súbita do filho. Assim que soube, o músico correu para a casa dele, pleno de sofrimento.
Beethoven não tinha palavras de conforto para oferecer. Não sabia o que dizer. Percebeu, contudo, que num canto da sala havia um piano.
Durante trinta minutos, ele extravasou suas emoções da maneira mais eloquente que podia. Tocou piano. Ao contato dos seus dedos, as teclas acionadas emitiram lamentos e melodiosa harmonia de consolo.
Assim que terminou, ele foi embora. Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma outra visita havia sido tão significativa quanto aquela.
Por vezes, nós também, surpreendidos por notícias muito tristes ou chocantes, não encontramos palavras para expressar conforto ou consolação.
Chegamos ao ponto de não comparecer ao enterro de um amigo, por sentir não ter jeito para dizer algo para a viúva, ou aos filhos órfãos.
Não vamos ao hospital, visitar um enfermo do nosso círculo de relações, porque nos sentimos inibidos. Como chegar? O que levar? O que dizer?
Aprendamos com o gesto do imortal Beethoven. Na ausência de palavras, permitamos que falem os nossos sentimentos.
Ofertemos o abraço silencioso e deixemos que a vertente das lágrimas de quem se veste de tristeza, escorra em nosso peito.
Ofereçamos os ombros para auxiliar a carregar a dor que extravasa da alma, vergastando o corpo.
Sentemo-nos ao lado de quem padece e lhe seguremos a mão, como a afirmar, com todas as letras e nenhum som: Estou aqui. Conte comigo.
Sirvamos um copo d’água, um suco àquele que secou a fonte das lágrimas e prossegue com a alma em frangalhos. Isso poderá trazer renovado alento ao corpo exaurido pela convulsão das dores.
Verifiquemos se não podemos providenciar um cantinho para um repouso, ainda que breve.
Permaneçamos com o amigo, mesmo depois que todos se tenham retirado para seus lares ou se dirigido aos seus afazeres. As horas da solidão são mais longas, quando os ponteiros avançam a madrugada.
*   *   *
Sê amigo conveniente, sabendo conduzir-te com discrição e nobreza junto àqueles que te elegem a amizade.
A discrição é tesouro pouco preservado nas amizades terrenas.
Todas as pessoas gostam de companhias nobres e discretas, que inspiram confiança, favorecendo a tranquilidade.
Ouve, vê, acompanha e conversa com nobreza, sendo fiel à confiança que em ti depositem.

Redação do Momento Espírita
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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Onde o Amor Floresce


Existem vidas que transmitem grandes lições. Quase sempre são criaturas que não são famosas, nem por serem artistas, políticos ou terem realizado feitos que alteraram o destino da Humanidade.
São pessoas que vivem o dia a dia, junto a outras tantas. Geralmente poucos lhes lembram os nomes.
Num documentário televisivo a respeito do Holocausto, ouvimos a história de uma jovem polonesa e seu drama, durante a Segunda Grande Guerra.
Quando Hitler invadiu a Polônia e iniciou a perseguição aos judeus, sua família viveu, alguns meses, escondida em um porão.
Descobertos, foram separados e ela nunca mais viu seus pais ou teve notícias de seus irmãos.
No campo de concentração, onde foi colocada, ela padeceu os maiores horrores. A comida era pouca, o tratamento rude. As companheiras enlouqueciam. Ou eram mortas. Ou se matavam.
A essa altura, o repórter perguntou à entrevistada se ela nunca pensara em se matar.
Sim, disse ela. Mais de uma vez. Quando o frio era muito grande, a fome parecia me devorar e eu não via perspectiva de salvação. Mas, nesses momentos, lembrava de meu pai.
Logo que fomos para o porão nos ocultar dos nazistas, ele me disse: “Filha, aconteça o que acontecer, nunca fuja da vida. Resista até o fim.”
E me fez prometer que jamais eu desistiria de viver.
Quando os aliados foram vitoriosos, a jovem, e mais quatro mil mulheres foram obrigadas a uma marcha forçada pelos alemães, em fuga das tropas aliadas.
Finalmente, um número muito pequeno delas, que não havia morrido no longo percurso, foram abandonadas num campo de concentração e encontradas, mais tarde, pelos americanos.
Aquelas mulheres estavam desnutridas. Algumas sequer podiam se erguer, tal o estado de fraqueza.
Ela mesma, confessa, tinha dificuldades para andar, pesava trinta e poucos quilos somente. E não tomava banho há três anos. O seu tempo de aprisionamento.
Então, um oficial americano muito bonito se aproximou dela e a tomou nos braços, carregando-a até um caminhão.
Durante o trajeto ele foi lhe dizendo que ficasse calma, que tudo daria certo, que ela receberia o socorro necessário.
Cinquenta e oito anos depois, frente às câmeras de televisão, ela e o marido mostravam a alegria de sua união.
Bom, o marido não era outro senão o jovem oficial americano que a encontrou magra, suja, desnutrida e a carregou nos braços, naquele dia distante.
Ela não somente teve a sua vida salva naquele momento, sendo resgatada de uma situação de penúria, como encontrou o seu grande amor.
Um amor que atravessou meio século e continua tão forte e especial como nos dias do início do namoro.
Um amor que foi concebido ao final de uma hecatombe e em que o primeiro encontro foi num ambiente de dor, miséria moral e intenso sofrimento.
Ele era o jovem robusto, vigoroso. Ela, uma esquálida jovem, pouco mais que adolescente, sofrida e quase sem esperanças.
Deus tem mesmo inimagináveis caminhos para encontros e reencontros de almas que se desejam unir pelo amor.
*   *   *
Se os dias lhe parecem demasiado pesados, com sua carga de problemas, não desista de lutar.
Se você está a ponto de abandonar tudo, espere um pouco. Aguarde o amanhecer, espere o dia passar e deixe o sol retornar outra vez.
Quando você menos espera, o socorro chega, a situação se modifica, a problemática alcança uma solução.
Não se esqueça: O amor de Deus nunca falha! Aguarde.
 

Redação do Momento Espírita
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domingo, 25 de janeiro de 2015

Oração Para Quem Está Envelhecendo



Senhor, Tu sabes que estou envelhecendo.
Ajuda-me a pensar que não sou uma peça imprestável, no movimento da vida.
Reconheço que não tenho mais as mesmas capacidades físicas, que me animaram a juventude, nem os mesmos reflexos e disposição. Contudo, auxilia-me a não desanimar e, muito menos, pedir aposentadoria indevida das lides do mundo.
Não me deixes emurchecer, como flor queimada pelo sol.
Fecha a minha boca quando eu estiver propenso a falar de minhas dores e de meus sofrimentos. Eles estão aumentando com o passar dos anos e meu desejo de falar deles aumenta a cada dia.
Ensina-me a dialogar, sem me fazer excessivamente falador, a fim de não causar indisposição nos demais.
Não me permitas conceber limitações desnecessárias. Coloca as minhas mãos no trabalho a fim de que eu elabore ainda criações no campo da música, da pintura, da jardinagem, da cerâmica.
Ensina-me a melhor ocupação para o tempo de que disponho. Um tempo que, desde os dias da juventude, reclamava não ter.
Permita que eu me levante a cada dia disposto a aprender alguma coisa mais. Pode ser uma forma diferente de usar o pincel, uma breve poesia, uma receita surpreendente.
Desejo ser jovial sem parecer tolo e imprudente.
Ensina-me a gloriosa lição de que, às vezes, posso estar errado. Aprendi muito, guardo experiências preciosas, mas não tenho o direito de desprezar os avanços da modernidade e da ciência.
Depois de ter adquirido uma enorme bagagem de sabedoria e experiência, parece uma pena eu não poder usá-la totalmente, sem criar embaraços aos demais.
Se a dependência física se tornar necessária, ajuda-me, Deus, a ter paciência comigo mesmo, suportando o corpo que tanto me serviu até aqui.
Com ele eu dancei, cantei, viajei, vivi doçuras, momentos bons e maus. Auxilia-me a continuar a amá-lo.
Tu sabes que precisarei não ser inconveniente, a fim de não incomodar tanto aos demais. Por isso, te peço que me ensines a pensar duas vezes, antes de reclamar, insistir e exigir o que quer que seja, a quem tenha que cuidar de mim.
Se eu tiver que experimentar a viuvez, dá-me tua mão, quando a da minha esposa já não estiver por perto. Afinal, Senhor, foram tantos anos em que despertei ao toque suave do carinho dela.
Não me permitas secar a fonte das lágrimas. Precisarei delas, com certeza, nas horas de tristeza, para desafogar o coração cansado.
Entretanto, não me deixes tornar um ser melancólico e chorão. Permite-me gozar do calor do sol e da bênção da chuva, com o mesmo entusiasmo de sempre.
E, Senhor, o meu desejo final é ter sempre alguns amigos, esses seres abençoados que, no mar imenso da vida, qual jangada preciosa, remaram firmemente ao meu lado.
Muitos deles poderão partir antes de mim, mas permite que alguns permaneçam a fim de que nunca desapareça de vista a expectativa das suas presenças.
Enfim, Senhor, torna-me um ancião nobre, que demonstre a sabedoria do envelhecimento digno.
*   *   *
A vida é constituída de muitas fases. Aprendamos a viver cada uma delas, com todo o entusiasmo porque a infância, a adolescência, a juventude, a madureza e a velhice têm cada qual o seu encanto particular.
Não nos permitamos viver sem isso descobrir para jamais nos sentirmos infelizes por passar de uma fase para outra.
O segredo da felicidade é viver cada dia em plenitude.
Redação do Momento Espírita
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sábado, 24 de janeiro de 2015

A Surpresa


A família estava se mudando para um bairro, do outro lado da cidade.
Os amigos aconselharam a ter muito cuidado, a trancar as portas, o portão, coisas que não tinha o hábito de fazer. Afinal, ali eram todos amigos. Os vizinhos cuidavam uns dos outros.
O caminhão da mudança foi à frente e os carregadores receberam instruções de trancar a casa. Mas, esqueceram desse detalhe.
Quando a família chegou, assustou-se. A porta estava aberta. Entrou cuidadosamente na casa, o pai à frente, em atitude defensiva.
Logo constataram que alguém havia estado ali, naquele curto período de tempo.
Os intrusos tinham deixado um cartão de visita. Sobre o balcão da cozinha, havia um bule de café recém coado, um bolo de chocolate, um vidro grande de doce e todos os ingredientes para uma refeição de boas-vindas ao bairro.
*   *   *
A desconfiança, muitas vezes, nos faz sermos infelizes. A violência que vemos, no mundo, nos faz esquecer que existem corações bondosos, criaturas prestativas e generosidade crescente.
Não nos permitamos erguer muros na alma. Se a segurança física nos exige que tranquemos portas, janelas e tenhamos sistemas de alarme em nossas casas e em nossos carros, não nos permitamos fazer o mesmo com as portas dos nossos corações.
No mundo onde a solidão é tão grande, onde as pessoas passam com rapidez sem olhar para o lado, permitamo-nos o sorriso espontâneo, o gesto gentil.
Experimentemos entrar no elevador, cada manhã e saudar a todos com um Bom dia!
Acostumemo-nos a indagar dos vizinhos, ao cruzar com eles, na rua, ou ao passar em frente a suas casas, como está sua saúde.
Habituemo-nos a dizer Olá, oi. Como vai?
Exercitemos o agradecimento a funcionários que nos abram a porta do carro no estacionamento, em locais de trabalho. Eles não são robôs, nem máquinas eletrônicas. São criaturas que amam, têm família, sentimentos e apreciam um agradecimento, um sorriso.
Alonguemos o exercício a caixas de supermercados, que ficam longas horas em trabalho mecânico e exaustivo, quase sempre recebendo somente reclamações.
Utilizemos, com frequência, Por favor... Pode fazer a gentileza de... Seria possível me dizer... Poderia me informar?
A tecnologia cada dia nos oferece maior conforto material, contudo não nos tornemos nós também técnicos no relacionamento interpessoal.
Não nos esqueçamos de que somos seres humanos, a caminho da angelitude. Não nos tornemos máquinas de raciocinar, porque toda vez que o coração deixa de abraçar o cérebro, o mundo enlouquece.
O Mestre de Nazaré ensinou: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei.
O amor começa e termina nas coisas mais simples, pequenas e insignificantes.
Comecemos hoje nosso exercício de amar.
*   *   *
Em toda parte a astúcia, a violência e o crime se apresentam vitoriosos. Estes são dias de insensatez e cálculo para o mal.
Certamente, há uma avalanche de loucura ameaçadora.
Mas, jamais houve tanto amor e tanta bondade na Terra.
Inumeráveis pessoas acreditam e trabalham pelo seu próximo, promovendo a era da felicidade.
Unamo-nos a esses heróis anônimos do bem e projetemos o homem, ajudando-o a ser livre e ditoso.

Redação do Momento Espírita
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Amor Consistente


A adolescência é um período de muita contestação. O adolescente tende a rejeitar tudo que não corresponda à sua ideia de mundo.
Alguns ficam irritados com qualquer manifestação pública de amor, por parte dos pais.
Mike era um desses. A simples menção da palavra amor o deixava irritado.
Num dia difícil, ele entrou em seu quarto como um furacão, bateu a porta e se jogou na cama.
Ali estirado, escorregou as mãos por baixo do travesseiro, onde encontrou um envelope, com a seguinte recomendação: Para ler quando estiver sozinho.
Como ninguém iria saber mesmo se ele lera ou não, ele abriu e leu.
Mike, sei que a vida está dura agora. Sei que você se sente frustrado e que, apesar da nossa boa intenção, nem tudo que fazemos é certo.
Mas sei principalmente que amo você demais e nada do que você faça ou diga vai mudar isso. Nunca. Estou aqui para conversar, se você precisar. E, se não precisar, tudo bem.
Saiba que não importa aonde você vá ou o que você faça na vida, sempre vou amá-lo e sentir orgulho de tê-lo como filho.
Estou aqui por você e o amo. Isso não vai mudar nunca. Com amor. Mamãe.
Aquela foi a primeira de muitas cartas. Ele nunca falou a respeito delas para a mãe, até se tornar um adulto.
Mas, nos dias atribulados da adolescência, as cartas eram a garantia silenciosa de que ele era amado, incondicionalmente, apesar de tudo.
Essa gratuidade do amor de sua mãe o ajudou a superar as crises e revoltas da adolescência, fazendo vir à tona o que ele tinha de melhor.
O seu agradecimento a Deus se fez presente mais tarde. Agradecimento pela mãe que teve a sabedoria de discernir o que aquele adolescente precisava.
Por ela ter persistido, apesar do seu silêncio e da sua aparente indiferença.
Ainda hoje, quando os mares da vida se tornam revoltos, Mike lembra que a segurança de um amor consistente, durável, incondicional, é capaz de mudar uma vida.
*   *   *
O adolescente que rejeita tudo que se lhe oferta é, quase sempre, o Espírito rebelde que necessita de maior dose de amor e compreensão.
Rebela-se ao amor porque teme a ele se entregar.
Rebela-se aos bons conselhos porque guarda dentro d'alma a certeza de que deve modificar sua conduta, e não o deseja fazer, agora.
O adolescente é alguém que se encontra em um ponto nevrálgico de sua jornada. Necessita abandonar a infância e se defronta com as posturas do homem velho, que na qualidade de Espírito, traz como herança de si mesmo.
Assim, ama esse ser e ampara-o.
Esclarece-o, mesmo que pareça desdenhar as palavras dignas.
Envolve-o na tua oração de pai ou mãe amorosa e dedica-te, guardando a certeza de que Deus, que por ti vela, também haverá de iluminar as veredas do teu filho.
Não desistas nunca da sua orientação porque dia virá em que ele te haverá de agradecer a persistência e a dedicação.
E então, poderás observar que ele estará ofertando à sociedade o que o teu amor e a tua perseverança nele semearam de melhor.
*   *   *
A melhor herança que os pais podem dar a seus filhos são alguns minutos de seu tempo todos os dias.
Redação do Momento Espírita,
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Lição na Guerra


Foi durante a Primeira Guerra Mundial. De um lado, as trincheiras abrigavam alemães. Do outro, norte-americanos. A troca de tiros era intensa.
Separando os inimigos, havia uma faixa de terra muito estreita, que não pertencia a nenhum dos lados.
Um jovem soldado alemão, que tentara cruzá-la, foi baleado e acabou se enroscando na cerca de arame farpado.
Começou a gritar de desespero e de dor.
Entre o barulho ensurdecedor do combate, os norte-americanos podiam ouvir seus gritos.
Não suportando mais aquela tragédia, um dos soldados norte-americanos saiu da trincheira e rastejou na direção dele.
Quando os colegas perceberam o que ele estava fazendo, suspenderam o fogo. Mas os alemães continuavam a usar toda a artilharia.
Até que um oficial alemão viu o gesto altruísta e ordenou que os seus comandados cessassem fogo.
Um estranho silêncio se estabeleceu. O norte-americano desenroscou o ferido do arame farpado.
Em seguida, o levou aos braços dos companheiros.
Voltou-se e principiou a retornar para a sua trincheira. De repente, uma mão pesada pousou em seu ombro. Olhou para trás e seus olhos mergulharam nos olhos do oficial alemão que trazia na farda a Cruz de Ferro, a mais alta condecoração alemã por bravura.
Ele arrancou a medalha da farda e a colocou no rapaz norte-americano.
E cada qual, sem dizer palavra, retornou para a sua trincheira.
Certamente, os jovens soldados recomeçaram pouco depois a batalha, que a guerra impunha.
Mas, naquele dia, todos receberam a lição que guardariam e relatariam aos seus descendentes. A lição do altruísmo, que fez com que um soldado esquecesse que o outro era o inimigo e arriscasse a sua para salvar a vida dele.
*   *   *
Dentre todas as calamidades que atingem a Humanidade, de forma periódica, a guerra é uma das piores.
Vidas são destroçadas, esperanças fenecem. Jovens que deveriam estar nos laboratórios de ciências se encontram nos palcos da destruição.
Namoradas que se preparavam para a concretização do novo lar, passam noites insones perguntando-se se os seus amores ainda estarão vivos, nos campos da guerra.
Crianças que deveriam estar brincando, morrem à fome ou sucumbem nos bombardeios.
Mulheres que deveriam estar plantando flores em seus jardins, abrem covas para enterrar os corpos dos seus maridos, e as regam com suas lágrimas.
Infelizmente, o homem ainda não entendeu que o preço da guerra é a destruição. Destruição da natureza, das cidades e das vidas. Destruição da própria dignidade humana.
Gestos como o do soldado norte-americano, na Primeira Guerra Mundial, dizem-nos que os que são enviados para a guerra, são simplesmente criaturas que sentem, amam, têm compaixão e, com certeza, têm as suas noites mal dormidas povoadas de cenas dantescas, onde o pavor se mistura ao horror da destruição que os envolve.
*   *   *
A guerra desaparecerá um dia do cenário do mundo. Contribuamos com a paz, com as nossas vibrações especialmente endereçadas aos promotores da guerra, a fim de que repensem seus posicionamentos.
E envolvamos nas nossas orações os soldados de todas as nações que vivem a crueldade dos combates, longe de casa, e dos seus amores.

Redação do Momento Espírita
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Expressão do Amor


Ela tem apenas seis anos e brinca em seu quarto. Os pais a podem ouvir, falando com seus bichinhos de pelúcia, em doce fantasia.
Então, eles se concentram em fazer contas, revendo o orçamento do mês. Pela décima vez refazem tudo e descobrem que sobram dias no seu mês de salário. Vai ser difícil, concluem.
De repente, se dão conta de que não ouvem mais a voz da menina. Verificam que ela não está no quarto, nem na sala, nem na cozinha.
Olham para fora. A noite escura envolve o terreno que vai até o portão, lá na frente.
No meio da escuridão, eles descobrem o vulto pequeno, retornando de algum lugar. Era a garota, sozinha. Ela calçara os sapatos da mãe, e fora até a caixa do correio colocar uma carta para o papai e a mamãe.
Quando os pais lhe perguntam por que saiu, à noite, no escuro, ela respondeu com um sorriso de quem venceu o medo e realizou uma proeza:
Tem carta para o papi e a mami, lá na caixa!
A garota deixou de lado seus brinquedos, tomou o lápis e, em uma folha de papel, desenhou umas flores coloridas e escreveu uma frase: Eu amo o papi e a mami.
Teve o cuidado de colocar o papel dentro de um envelope, endereçar e enfrentar a noite de breu, para colocar a surpresa na caixa do correio.
Um impulso de amor! Um gesto de ternura! A espontaneidade do momento!
Tudo isso valeu para que os pais esquecessem das contas, das dificuldades a vencer até o final do mês, do jogo de cintura que teriam que realizar para conseguir saldar o que fosse mais urgente e abraçassem o seu tesouro, sentindo-se plenamente felizes.
O que quer que tivessem que enfrentar, valeria a pena porque aquela criança, sua filha, lhes devolvia todo esforço centuplicado em uma declaração de amor.
Era como receber a mensagem de um anjo pedindo confiança e lhes renovando as disposições de bom ânimo.
*   *   *
Quantas vezes você já deteve a sua vontade de dizer para o seu amor que o ama? Que é muito feliz por ele ou ela estar ao seu lado?
Quantas vezes sua mão chegou próximo dos cabelos da pessoa amada e você não concretizou o gesto de carinho?
Quantas vezes pensou em telefonar e desistiu, com a preocupação de parecer tolo ao dizer: Liguei só para dizer que você me faz feliz?
Você já pensou em como qualquer um desses pequeninos, mas importantes gestos, teria tornado o dia do outro muito mais alegre?
*   *   *
Seja espontâneo em suas manifestações de amor. Nunca deixe para mais tarde o que o coração lhe sugere.
Abrace. Mande flores. Escreva um bilhete. Telefone. Surpreenda.
Não economize carinho, ternura, afeição. Não se preocupe em reservá-los para dias especiais. Quanto mais utilizados, ofertados, mais eles se multiplicam, trazendo enriquecimento nas relações humanas.

Redação do Momento Espírita
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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Amor e Justiça


Houve, séculos atrás, uma tribo cujo chefe era tido como superior aos de todas as demais.
Naquela época, a superioridade era medida pela força física. A tribo mais poderosa era a que tinha o chefe mais forte.
Mas esse chefe não tinha somente força física. Era também conhecido por sua sabedoria.
Desejando que o povo vivesse em segurança, criou leis abrangendo todos os aspectos da vida tribal.
Eram leis severas que ele, como juiz imparcial, fazia cumprir com rigor.
Certa feita, pequenos furtos começaram a acontecer.
Ele reuniu o povo e, com tristeza no olhar, frisou que as leis tinham sido feitas para os proteger, para os ajudar. Como todos tinham o de que necessitavam para viver, não havia necessidade de furtos. Assim, estabeleceu que o responsável teria o castigo habitual aumentado de dez para vinte chibatadas.
Os furtos, entretanto, continuaram. Ele voltou a reunir o grupo e aumentou o castigo para trinta chibatadas.
Os furtos não cessaram.
Por favor, pediu o chefe. Estou suplicando. Para o bem de todos, os furtos precisam parar. Eles estão causando sofrimento entre nós.
E aumentou o castigo para quarenta chibatadas.
Naquele dia, os que estavam próximos dele, viram que uma lágrima escorreu pela sua face, quando dispersou o grupo.
Finalmente, um homem veio dizer que tinha identificado o autor dos furtos. A notícia se espalhou e todos se reuniram para ver quem era.
Um murmúrio de espanto percorreu a pequena multidão, quando a pessoa foi trazida por dois guardas. A face do chefe empalideceu de susto e sofrimento.
Era sua mãe. Uma senhora idosa e frágil.
E agora? O povo começou a questionar se ele seria, ainda assim, imparcial. Será que faria cumprir a lei? Seria o amor por sua mãe capaz de o impedir de cumprir o que ele mesmo estabelecera?
Notava-se a luta íntima dele que, por fim, falou:
Meu amado povo. Faço isso pela nossa segurança e pela nossa paz. As quarenta chibatadas devem ser aplicadas, porque o sofrimento que esse delito nos causou foi grande demais.
Acenou com a cabeça e os guardas fizeram sua mãe dar um passo à frente.
     Um deles retirou o manto dela, deixando à mostra as costas ossudas e arqueadas. O carrasco, armado de chicote, se aproximou e começou a desenrolar o seu instrumento de punição.
Nesse momento, o chefe retirou o próprio manto e todos puderam ver seus ombros largos, bronzeados e firmes.
Com muito carinho, passou os braços ao redor de sua querida mãe, protegendo-a, por inteiro, com o próprio corpo.
Encostou o seu rosto ao dela e misturou as suas com as lágrimas dela. Murmurou-lhe algo ao ouvido e então, fez um sinal afirmativo para o encarregado.
O homem se aproximou e desferiu, nos ombros fortes e vigorosos uma chibatada após outra, até completar exatamente quarenta.
Foi um momento inesquecível para toda a tribo que aprendeu, naquele dia, como se podem harmonizar com perfeição, o amor e a justiça.
*   *   *
O amor é vida, e a compaixão manifesta-lhe a grandeza e o significado.
O amor tudo pode e tudo vence, encontrando soluções para as situações mais difíceis e controvertidas.
Enfim, o amor existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz aquele que o cultiva, enriquecendo aqueloutro a quem se dirige.
 

Redação do Momento Espírita
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Provérbio Árabe



Não digas tudo o que sabes

Não faças tudo o que podes

Não acredites em tudo o que ouves

Não gastes tudo o que tens,

Porque:

Quem diz tudo o que sabe

Quem faz tudo o que pode

Quem acredita em tudo o que ouve

Quem gasta tudo o que tem,

Muitas vezes,

Diz o que não convém

Faz o que não deve

Julga o que não vê

Gasta o que não pode.

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Preciosos Benefícios que Nada Custam


1 – Um rosto alegre na monotonia do trabalho cotidiano.
2 – Um silêncio cuidadoso sobre os erros dos outros.
3 – Uma palavra de reconhecimento e de incentivo para as boas qualidades do próximo.
4 – Um pequeno serviço prestado a um subalterno.
5 – Um sorriso alegre e uma palavra meiga para as crianças.
6 – Um aperto de mão caloroso e amigo para os tristes.
7 – Uma conversa paciente e interessada com os aborrecidos ou desagradáveis.
8– Um olhar de afetuosa compreensão para os que sofrem interiormente.
9 – Uma saudação alegre e camarada para os pobres.
10 – Uma crescente amenidade para com os impulsivos e coléricos.
11 – Uma confissão da própria fraqueza aos desanimados.
12 – Um reconhecimento leal do erro cometido.

Autoria Desconhecida
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Honestidade


“Seja a tua palavra: sim, sim; não, não.”
Muitos julgam que ser honesto é não prevaricar ou ser pontual com as suas dívidas. Mas a Honestidade tem um campo vastíssimo. É chamada a participar em todo ritual da vida, em tudo que realizamos: num encontro de mãos, num sorriso, numa palavra, num olhar ou num gesto.
As coisas que fazemos, e que dão a todos a impressão de beleza e bondade, podem carecer de honestidade, se estiverem mescladas de interesse pessoal, de vaidade ou qualquer sentimento premeditado para nos enaltecer aos olhos alheios.
Com falsa aparência conseguiremos nosso objetivo, pois ela oferece o suficiente para chamar a atenção dos incautos e nos fazer sobressair. Mas nessa conduta não há honestidade, na acepção da palavra.
Iludimo-nos, muitas vezes, dando nome de caridade ao que fazemos, quando apenas satisfazemos nosso interesse de impressionar bem aos que nos vêem ou acompanham.
Certamente o ato generoso, o que leva consigo benefícios para alguém, chega ao seu destino e cumpre o seu objetivo; mas aquele que o praticou é que, na realidade, pouco lucrou espiritualmente. Seu pagamento ele já recebeu do mundo, nos aplausos vazios e apreciações enganosas.
“Meu reino não é deste mundo”. A Honestidade é algo assim. A sua pureza penetra tudo o que fazemos quando já somos capazes de usá-la plenamente em todos os momentos de nossa vida e já não nos sensibilizam os aplausos e apreciações mundanas. Quando em nós há o desejo sincero de acertar, se temos interesse em nos reformar internamente devemos entrar em ação. Embora nosso ser não participe ainda como poderosa unidade na realização de nossos objetivos; embora o coração não responda aos apelos da mente ou esta encontre dificuldades nos propósitos renovadores, imantada como se acha às fixações do passado cheio de amarguras e enganos, precisamos lutar para harmoniza-lo a fim de não criarmos um conflito dentro de nós.
Devemos meditar muito e procurar intensamente o porquê da vida, para que nos apossemos da honestidade e vivamos felizes. Quando agimos ainda inseguros sem muita convicção, mas com o desejo de fazer o melhor possível, não estamos sendo desonestos. Estamos treinando nossas ferramentas de trabalho, afiando-as e lubrificando-as. E assim, em breve elas produzirão o que delas esperamos.
O nosso despertar é lento e às vezes doloroso. O “homem velho” não se conforma facilmente em deixar as suas vestes e aceitar nova indumentária. É trabalho moroso, mas deve ser iniciado já, pois muito tempo foi gasto, não inutilmente, mas com escasso proveito. Quanta beleza há na Honestidade! Na pureza de sentimentos e ações!
Procurai pautar vossa vida dentro de um plano nobre, de dignidade e honestidade a toda prova. Não mistifiqueis a vossa palavra, vosso gestos, nem mesmo para ser agradável. A Honestidade vivida com sabedoria não molesta ninguém, porque pode ser adoçada com a bondade e dosada pela compreensão, que sabe até onde pode dar e o que deve negar.
Honestidade – Lealdade – Dignidade. Quase sinônimos e a mesma coisa. Ninguém pode ser honesto sem lealdade e dignidade.
Evitemos meias palavras. Seja nossa palavra: “sim, sim; não, não”.
É preciso coragem e decisão firme para ser honesto.
A Honestidade é a Verdade e tudo que seja sem mácula, sem o véu da ilusão.
Não lancemos mão de pretextos infantis para nos desculparmos, para encobrir a nossa negligência. E quando tivermos que nos dirigir a alguém para defender interesses nossos, interesses legais, não nos acovardemos enveredando por encruzilhadas difíceis até chegarmos ao ponto que desejamos. Procuremos ir, dentro da educação e bondade, diretos ao assunto. Seremos assim decentes conosco mesmo e não teremos motivo para nos censurar, aconteça o que acontecer.
Honestidade, pois, deve ser agora e sempre a vossa linha de conduta; e a vossa vida, por certo, tomará novo rumo e vivereis contentes convosco mesmo, porque não precisais usar máscara.

Cenyra Pinto
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