“Seja
a tua palavra: sim, sim; não, não.”
Muitos
julgam que ser honesto é não prevaricar ou ser pontual com as
suas dívidas. Mas a Honestidade tem um campo vastíssimo. É
chamada a participar em todo ritual da vida, em tudo que
realizamos: num encontro de mãos, num sorriso, numa palavra,
num olhar ou num gesto.
As
coisas que fazemos, e que dão a todos a impressão de beleza e
bondade, podem carecer de honestidade, se estiverem mescladas de
interesse pessoal, de vaidade ou qualquer sentimento premeditado
para nos enaltecer aos olhos alheios.
Com
falsa aparência conseguiremos nosso objetivo, pois ela oferece
o suficiente para chamar a atenção dos incautos e nos fazer
sobressair. Mas nessa conduta não há honestidade, na acepção
da palavra.
Iludimo-nos,
muitas vezes, dando nome de caridade ao que fazemos, quando
apenas satisfazemos nosso interesse de impressionar bem aos que
nos vêem ou acompanham.
Certamente
o ato generoso, o que leva consigo benefícios para alguém,
chega ao seu destino e cumpre o seu objetivo; mas aquele que o
praticou é que, na realidade, pouco lucrou espiritualmente. Seu
pagamento ele já recebeu do mundo, nos aplausos vazios e
apreciações enganosas.
“Meu
reino não é deste mundo”. A Honestidade é algo assim. A sua
pureza penetra tudo o que fazemos quando já somos capazes de usá-la
plenamente em todos os momentos de nossa vida e já não nos
sensibilizam os aplausos e apreciações mundanas. Quando em nós
há o desejo sincero de acertar, se temos interesse em nos
reformar internamente devemos entrar em ação. Embora nosso ser
não participe ainda como poderosa unidade na realização de
nossos objetivos; embora o coração não responda aos apelos da
mente ou esta encontre dificuldades nos propósitos renovadores,
imantada como se acha às fixações do passado cheio de
amarguras e enganos, precisamos lutar para harmoniza-lo a fim de
não criarmos um conflito dentro de nós.
Devemos
meditar muito e procurar intensamente o porquê da vida, para
que nos apossemos da honestidade e vivamos felizes. Quando
agimos ainda inseguros sem muita convicção, mas com o desejo
de fazer o melhor possível, não estamos sendo desonestos.
Estamos treinando nossas ferramentas de trabalho, afiando-as e
lubrificando-as. E assim, em breve elas produzirão o que delas
esperamos.
O
nosso despertar é lento e às vezes doloroso. O “homem
velho” não se conforma facilmente em deixar as suas vestes e
aceitar nova indumentária. É trabalho moroso, mas deve ser
iniciado já, pois muito tempo foi gasto, não inutilmente, mas
com escasso proveito. Quanta beleza há na Honestidade! Na
pureza de sentimentos e ações!
Procurai
pautar vossa vida dentro de um plano nobre, de dignidade e
honestidade a toda prova. Não mistifiqueis a vossa palavra,
vosso gestos, nem mesmo para ser agradável. A Honestidade
vivida com sabedoria não molesta ninguém, porque pode ser adoçada
com a bondade e dosada pela compreensão, que sabe até onde
pode dar e o que deve negar.
Honestidade
– Lealdade – Dignidade. Quase sinônimos e a mesma coisa.
Ninguém pode ser honesto sem lealdade e dignidade.
Evitemos
meias palavras. Seja nossa palavra: “sim, sim; não, não”.
É
preciso coragem e decisão firme para ser honesto.
A
Honestidade é a Verdade e tudo que seja sem mácula, sem o véu
da ilusão.
Não
lancemos mão de pretextos infantis para nos desculparmos, para
encobrir a nossa negligência. E quando tivermos que nos dirigir
a alguém para defender interesses nossos, interesses legais, não
nos acovardemos enveredando por encruzilhadas difíceis até
chegarmos ao ponto que desejamos. Procuremos ir, dentro da educação
e bondade, diretos ao assunto. Seremos assim decentes conosco
mesmo e não teremos motivo para nos censurar, aconteça o que
acontecer.
Honestidade,
pois, deve ser agora e sempre a vossa linha de conduta; e a
vossa vida, por certo, tomará novo rumo e vivereis contentes
convosco mesmo, porque não precisais usar máscara.
Cenyra Pinto
Quando um homem honesto descobre que errou, ele ou corrige o erro, ou deixa de ser honesto.
ResponderExcluirhttp://www.saudeumdesafio.blogspot.com.br