quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Expressão do Amor


Ela tem apenas seis anos e brinca em seu quarto. Os pais a podem ouvir, falando com seus bichinhos de pelúcia, em doce fantasia.
Então, eles se concentram em fazer contas, revendo o orçamento do mês. Pela décima vez refazem tudo e descobrem que sobram dias no seu mês de salário. Vai ser difícil, concluem.
De repente, se dão conta de que não ouvem mais a voz da menina. Verificam que ela não está no quarto, nem na sala, nem na cozinha.
Olham para fora. A noite escura envolve o terreno que vai até o portão, lá na frente.
No meio da escuridão, eles descobrem o vulto pequeno, retornando de algum lugar. Era a garota, sozinha. Ela calçara os sapatos da mãe, e fora até a caixa do correio colocar uma carta para o papai e a mamãe.
Quando os pais lhe perguntam por que saiu, à noite, no escuro, ela respondeu com um sorriso de quem venceu o medo e realizou uma proeza:
Tem carta para o papi e a mami, lá na caixa!
A garota deixou de lado seus brinquedos, tomou o lápis e, em uma folha de papel, desenhou umas flores coloridas e escreveu uma frase: Eu amo o papi e a mami.
Teve o cuidado de colocar o papel dentro de um envelope, endereçar e enfrentar a noite de breu, para colocar a surpresa na caixa do correio.
Um impulso de amor! Um gesto de ternura! A espontaneidade do momento!
Tudo isso valeu para que os pais esquecessem das contas, das dificuldades a vencer até o final do mês, do jogo de cintura que teriam que realizar para conseguir saldar o que fosse mais urgente e abraçassem o seu tesouro, sentindo-se plenamente felizes.
O que quer que tivessem que enfrentar, valeria a pena porque aquela criança, sua filha, lhes devolvia todo esforço centuplicado em uma declaração de amor.
Era como receber a mensagem de um anjo pedindo confiança e lhes renovando as disposições de bom ânimo.
*   *   *
Quantas vezes você já deteve a sua vontade de dizer para o seu amor que o ama? Que é muito feliz por ele ou ela estar ao seu lado?
Quantas vezes sua mão chegou próximo dos cabelos da pessoa amada e você não concretizou o gesto de carinho?
Quantas vezes pensou em telefonar e desistiu, com a preocupação de parecer tolo ao dizer: Liguei só para dizer que você me faz feliz?
Você já pensou em como qualquer um desses pequeninos, mas importantes gestos, teria tornado o dia do outro muito mais alegre?
*   *   *
Seja espontâneo em suas manifestações de amor. Nunca deixe para mais tarde o que o coração lhe sugere.
Abrace. Mande flores. Escreva um bilhete. Telefone. Surpreenda.
Não economize carinho, ternura, afeição. Não se preocupe em reservá-los para dias especiais. Quanto mais utilizados, ofertados, mais eles se multiplicam, trazendo enriquecimento nas relações humanas.

Redação do Momento Espírita

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