quarta-feira, 30 de abril de 2014

Para Viver Melhor


As crianças são excelentes mestras. Espontâneas, confiantes, sem terem ainda ligado as antenas da autocrítica, elas nos concedem lições todos os dias.
Lições que nos levam a reflexionar o quanto perdemos em reais valores quando nos tornamos adultos excessivamente racionais.
A criança costuma colher muitos tesouros quando sai a passear. Ela junta raminhos, pedras, folhas de árvore. Mas, como deseja continuar a correr, brincar, subir em árvores, ela precisa guardar as suas preciosidades em lugar seguro.
É então que se aproxima da mãe, entrega-lhe tudo e pede: Guarde isto para mim.
Ela coloca as suas riquezas na mão de sua mãe, com a recomendação de que deve guardá-las em lugar seguro até a sua volta.
Ela sabe que com a mãe o tesouro estará seguro. Nenhuma preocupação ou medo toma conta dela. Por isso, despreocupada, ela volta a brincar até a exaustão.
*   *   *
Como seria confortável para nós se pudéssemos ser tão confiantes também, colocando nas mãos de Deus nossos tesouros.
Quantas preocupações nos atormentam as horas e tornam difíceis os dias.
Preocupações com a criança que está no berço.
Crescerá com saúde? Conseguiremos pagar-lhe os estudos? Viveremos para vê-la concluir a faculdade? Casar-se? Veremos nossos netos?
Preocupações com o emprego que estamos buscando há tanto tempo. Conseguiremos a vaga? Será que nos adaptaremos à nova função?
E a saúde? Conseguiremos recuperá-la? Dará certo o tratamento que estamos fazendo? Poderemos retornar às nossas atividades habituais?
O namorado continuará apaixonado por nós, enquanto estiver no Exterior, tão distante e com tantas belezas a descobrir, conhecendo pessoas interessantes?
Tantas incertezas que desembocam em atormentados dias e que nos tornam infelizes, ansiosos. Sempre preocupados, impedindo gozarmos de pequenas alegrias que, somadas, poderiam resultar em um saldo positivo de felicidade.
Tão bom seria se colocássemos nas mãos de Deus nossas esperanças, nossas necessidades e aqueles que amamos. Nossos tesouros.
Deixar tudo em Seus braços carinhosos e dizer, com o coração tranquilo: Guarde isso para mim, retornando às lutas com confiança, vivendo cada dia, com suas próprias dificuldades, exatamente como lecionou Jesus.
Isso nos evitaria o sofrimento antecipado de situações que imaginamos acontecerão e que quase nunca acontecem. Evitaria o sofrermos duas vezes: antes de acontecer o fato e quando ele ocorresse.
Assim, em qualquer circunstância, mantenhamos nossa confiança em Deus, que rege o Universo e guarda nossa vida.
Agradeçamos o que temos no corpo e na alma, utilizando-nos com sabedoria dos dons incomparáveis de que nos encontramos investidos.
Confiemos em Deus e prossigamos serenos, na nossa jornada de crescimento e ascensão.
*   *   *
A fé expressa uma confiança que transcende o juízo. Ela é para a alma o que o oxigênio significa para o corpo.
Fé e vida se confundem. A fé clareia. A vida sustenta. A fé vitaliza. A vida produz.
A fé não se dobra. A vida levanta.
Transforma homens comuns em gigantes e anônimos em heróis.
Ninguém vive sem fé.
 

Redação do Momento Espírita

domingo, 27 de abril de 2014

Motivos de Resignação


Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.
Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.
O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: "Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última parcela." Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?
Tal o sentido das palavras: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados." São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. E por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.
Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: "Aqui tens a paga dos teus dias de trabalho"; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor-próprio e nos gozos mundanos: "Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e recomeçai a tarefa."
O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Dai tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência.

Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 5. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Que Fazemos Nós?


Muito embora conte-se a mãos cheias, no mundo, as calamidades, as dores e as dificuldades, em todos os cantos há quem semeie amor, paz e solidariedade.
Muito embora fale-se em catástrofes, crimes hediondos e barbáries, nunca houve, como hoje, tanta solidariedade, abnegação e amor ao próximo.
Assim, será sempre o que cada um de nós escolher para valorizar que dará as tintas do que nossa sociedade vem passando.
O mundo sempre foi feito de contrastes.
Na multidão, que somos todos nós, os espíritos reencarnados na Terra, estamos cada um na sua faixa de evolução e amadurecimento, fruto da própria conquista individual.
Assim, nada mais natural que alguns se comprazam com a guerra, enquanto outros semeiem a paz.
Não soa tão incoerente que alguns colecionem fortunas vazias e sem nexo, enquanto outros trabalhem na solidariedade fraterna.
Alguns mais amadurecidos, outros nem tanto.
Vale a pena lembrar que, neste caldo que é nossa humanidade, cada um de nós responde apenas por aquilo que faz.
Assim, a maldade alheia será sempre do outro, enquanto não a abrigarmos em nossa intimidade.
A violência do próximo estará manchando apenas as mãos dos outros, enquanto não nos apropriarmos dela como forma de conduta pessoal.
Inevitavelmente, esses comportamentos, tantas vezes esdrúxulos e desequilibrados, nos chocam, nos provocam repulsa, gerando comentários de indignação.
Nada obstante, resta-nos indagar: o que fazemos nós diante de tanta desfaçatez?
Se tantos se locupletam no roubo e na corrupção, estamos educando nossos filhos nas virtudes da honestidade e da honradez?
Se muitos se utilizam da violência para conseguir destaque, amealhar seguidores, ou como conduta de vida, será que estamos promovendo a paz com nossas atitudes e comentários?
Se nos cansamos da maneira venal como homens e mulheres vêm comercializando seus corpos, como vêm barateando o sexo, reduzindo-o a instrumento leviano de prazer, será que temos tido uma postura de sensatez e respeito para com nosso próprio corpo?
A sociedade é o espelho de seus cidadãos, com sua maturidade e seus valores.
Se desejamos que ela se modifique, comecemos por nós.
Nossos valores e atitudes contribuirão para um mundo melhor, ou somarão para o desequilíbrio vigente.
Tudo é uma questão de escolha.
Dessa forma, todas as vezes que desejarmos mudar o mundo, que anelarmos por valores elevados, essa é a hora de começarmos a mudar a nós mesmos.
A reestruturação do mundo passa inevitavelmente pela reestrutura de cada um de nós.
Dia virá em que, cansada e exaurida dos valores vazios e infelizes com os quais elegeu caminhar, nossa sociedade buscará outros parâmetros.
Enquanto isso, que possamos dar início a essa sociedade mais equilibrada e nobre com a qual todos sonhamos.
Ante a espera de mudanças mais intensas e significativas, busquemos implementar em nosso mundo íntimo tudo o que desejamos seja um dia a tônica do nosso mundo.
Pensemos nisso. Façamos isso.
 

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Ele Vela Por Ti


Confia sempre na ajuda divina. Quando te sentires sitiado, sem
 qualquer possibilidade de liberação, o socorro te chegará de Deus. 

Nunca duvides da paternidade celeste. Deus vela por ti, e te ajuda, nem sempre como queres, porém da melhor forma para a tua real felicidade. 

Às vezes, tens a impressão de que o auxílio superior não virá ou chegará tarde demais. Passado o momento grave, constatarás que o recebeste alguns minutos antes, caso tenhas perseverado à sua espera.

Divaldo Pereira Franco - Joanna de Ângelis

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Paz em Ti


É muito importante a paz.
Governos a estabelecem fomentando guerras, gerando pressões, submetendo as vidas que se estiolam sob jugos implacáveis.
A paz é imposta, dessa forma, mediante a coação e, depois, negociada em gabinetes.
Vem de fora e aflige, porque é aparente.
Faz-se legal, mas nem sempre é moralizada.
Tem a aparência das águas pantanosas, tranquilas na superfície, asmáticas e mortíferas na parte submersa.
Assim se apresenta a paz do mundo, transitória, enganosa.
A paz legítima emerge do coração feliz e da mente que compreende, age e confia.
É realizada em clima de prece e de amor, porque, da consciência que se ilumina ante os impositivos das Leis Divinas, surge a harmonia que fomenta a dinâmica da vida realizadora.
Essa paz não se turba, é permanente. Não permite constrangimento, nem se faz imposta.
Cada homem a adquire a esforço pessoal, como coroamento da ação bem dirigida, objetivando os altos ideais.
Não basta, no entanto, programar e falar sobre a paz. Mas, visualizando-a, pensar em paz e agir com pacificação, exteriorizando-a de tal forma que ela se estabeleça onde estejas e com quem te encontres.
Seja a paz, na Terra, o teu anseio, em oração constante, que se transforme em realização operante como resposta de Deus.
Orando pela paz, esse sentimento te invade, e o amor, que de Deus se irradia, anula todo e qualquer conflito que te domine momentaneamente.
A paz em ti ajudará a produzir a paz no mundo.

Divaldo Pereira Franco. Filho de Deus. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 19 de abril de 2014

Com Um Beijo


"E logo que chegou, aproximou-se Dele e disse-lhe: - Rabi, Rabi. E beijou-O". Marcos, 14:45.

Ninguém pode turvar a fonte doce da afetividade em que todas as criaturas se dessedentam sobre o mundo...
A amizade é a sombra amiga da árvore do amor fraterno. Ao bálsamo de sua suavidade, o tormento das paixões atenua os rigores ásperos.
É pela realidade do amor que todas as forças celestes trabalham...
Com isso, reconhecemos as manifestações de fraternidade como revelações dos traços sublimes da criatura.
Um homem estranho à menor expressão de afeto é um ser profundamente desventurado.
Mas, aprendiz algum deve olvidar quanta vigilância é indispensável nesse capítulo!
Jesus, nas horas derradeiras, deixa uma lição aos discípulos do futuro.
Não são os inimigos declarados de Sua Missão Divina que vêm buscá-Lo em Gethsêmani: é um companheiro amado.
Não é chamado à angústia da traição com violência: sente-se envolvido na grande amargura por um beijo.
O Senhor conhecia a realidade amarga. Conhecera previamente a defecção de Judas: "É assim que me entregas"? - falou ao discípulo.
O companheiro frágil perturba-se e treme.
E a lição ficou gravada no Evangelho, em silêncio, atravessando os séculos.
É interessante que não se veja um sacerdote do templo, adversário franco de Cristo, afrontando-lhe o olhar sereno ao lado das oliveiras contemplativas.
É um amigo que lhe traz o veneno amargo.
Não devemos comentar o quadro, em vista de que, quase todos nós, temos sido frágeis, mais que Judas, mas não podemos esquecer que o Mestre foi traído com um beijo.

Emmanuel/Chico Xavier

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O Abraço


O que você faz quando está com dor de cabeça, ou quando está chateado?
Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais?
Pois é, durante muito tempo estivemos à procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse nosso bom humor, que nos protegesse contra doenças, que curasse nossa depressão e que nos aliviasse o estresse.
Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços afetivos e que, inclusive, nos ajudasse a adormecer tranquilos.
Encontramos! O remédio já havia sido descoberto e estava à nossa disposição. O mais impressionante de tudo é que não custa nada.
Aliás, custa sim, custa abrir mão de um pouco de orgulho, um pouco de pretensão de ser autossuficiente, um pouco de vontade de viver do jeito que queremos, sem depender dos outros.
É o abraço. O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço, como sinal de afetividade e de carinho, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão, fortificar os laços afetivos.
O abraço é um excelente tônico. Hoje, sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico.
O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada sente-se mais jovem e vibrante. O uso regular do abraço prolonga a vida e estimula a vontade de viver.
Ouvimos, há algum tempo, a teoria muito interessante de uma psicóloga americana, dizendo que se precisa de quatro abraços por dia para sobreviver, oito abraços para manter-se vivo e doze abraços por dia para prosperar.
E o mais bonito é que esse remédio não tem contraindicação e não há maneira de dá-lo sem ganhá-lo de volta.
*   *   *
Temos visto, colado nos vidros de alguns veículos, um adesivo muito simpático, dizendo: Abrace mais!
Eis uma proposta nobre: Abraçar mais.
O contato físico do abraço se faz necessário para que as trocas de energias se deem, e para que a afetividade entre duas pessoas seja constantemente revitalizada.
O abraçar mais é um excelente começo para aqueles de nós que nos percebemos um tanto afastados das pessoas, um tanto frios no trato com os outros.
Só quem já deu ou recebeu um sincero abraço sabe o quanto este gesto, aparentemente simples, consegue dizer.
Muitos pedidos de perdão foram traduzidos em abraços...
Muitos dizeres eu te amo foram convertidos em abraços.
Muitos sentimentos de saudade foram calados por abraços.
Muitas despedidas emocionadas selaram um amor sem fim no aconchego de um abraço.
Assim, convidamos você a abraçar mais.
Doe seu abraço apertado para alguém, e receba imediatamente a volta desse ato carinhoso.
Utilize a terapia do abraço contra a tristeza e a depressão.
Abrace, afetuosamente, a quem você ama e transmita as emoções desse seu sentimento.
Abrace e transmita bem-estar, paz.
Pense nisso! Abrace mais você também.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Quando Me Amo



Quando me amo...

Acendo uma luz que clareia meus porões esquecidos, deixando para trás os erros e derrotas de tempos idos, e volto a respirar.
Quando me amo...

Aprendo a olhar para dentro, descobrindo-me em parte “potência”, em parte “possibilidade” – aquilo que já sou, aquilo que serei; onde já estou, onde quero estar.

Quando me amo...

Acolho-me feito mãe acolhe um filho ferido: dando colo, amparando o choro, aconselhando a refazer os caminhos. Não me engole a culpa; não me desestimula a derrota.

Quando me amo...

Cuido do corpo, como o lavrador cuida de sua enxada – instrumento preciso de trabalho e de vida adorada.

Cuido também da nutrição da alma: o que escolho assistir, o que escolho ler, pensar e dizer.

Quando me amo...

Vejo minh´alma como a escultura debaixo do mármore de Michelangelo, e entendo que a dor é cinzel que vai retirando um pouco aqui, um pouco lá, até que tudo se transforme em belo Davi.
Quando me amo...

Clareio também a tua face, pois toda luz não fica guardada, não há quem disfarce, um farol a reluzir sobre um monte erguido no ar.
Quando me amo...

Inspiro o teu auto amor, para que possas te amar e crescer, assim  como nova flor, que um dia foi broto, que um dia foi semente, que um dia foi sonho de florescer.

Quando me amo...

Amo-te com mais profundidade, pois conhecendo-me, conheço-te melhor também.

*   *   * 

A proposta de Jesus em torno do amor é das mais belas psicoterapias que existe:

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, numa trilogia harmônica.

Como ainda temos dificuldade em conceber o absoluto, para nos adequarmos à proposição crística, invertemos a ordem do mandamento, amando-nos de início, afim de desenvolver as aptidões que dormem em latência e acumularmos valores iluminativos, ao longo dos dias.

Assim, nosso grande caminho de amor precisa começar com o auto amor, pois sem auto amar-se, o homem não consegue amar ao seu próximo e tão pouco amar o Criador.

Começamos a jornada dentro de nós, pois auto amor pede autoconhecimento, pede mergulho profundo para dentro de nós.

O autoconhecimento é o meio prático mais eficaz que temos para melhorar nesta vida e resistirá atração do mal.

E quem trabalha por sua melhora está se auto amando.

Cada movimento que fazemos no sentido de desenvolver nossas aptidões, e de acumular valores que nos façam pessoas melhores, é auto amor.

Naturalmente, esse amor a nós mesmos nos conduzirá ao nosso próximo.

Primeiro, porque o auto amor só se constrói e se vitaliza no encontro.

Segundo, porque quando temos uma cota de amor mais madura, mais consciente, conseguimos amar o outro melhor.

Nossas relações se harmonizam, nosso coração fica em paz, nossas angústias desaparecem.

*   *   *

Que possamos nos proporcionar mais momentos de autoencontro, com o objetivo de aprimorar nosso autoamor, que é a chave de todo nosso desenvolvimento no Universo.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 15 de abril de 2014

Libertemos


“Disse-lhes Jesus: desatai-o e deixai-o ir.” (João, 11:44.)

É importante pensar que Jesus não apenas arrancou Lázaro à sombra do túmulo. Trazendo-o, de volta, à vida, pede para que seja restituído à liberdade.
“Desatai-o e deixai-o ir” – diz o Senhor.
O companheiro redivivo deveria estar desalgemado para atender às próprias experiências.
Também nós temos, no mundo da própria alma, os que tombam na fossa da negação.
Os que nos dilaceram os ideais, os que nos arrastam à desilusão, os que zombam de nossas esperanças e os que nos lançam em abandono assemelham-se a mortos na cripta de nossas agoniadas recordações.
Lembrá-los é como reavivar velhas úlceras.
Entretanto, para que nos desvencilhemos de semelhantes angústias, é imperioso retirá-los do coração e devolvê-los ao sol da existência.
Não basta, porém, esse gesto de libertarão para nós. É imprescindível haja de nossa parte auxílio a eles, para que se desagrilhoem.
Nem condená-los, nem azedar-lhes o sentimento, mas sim exonerá-los de todo compromisso, ajustando-os a si próprios.
Aqueles que libertamos de qualquer obrigação para conosco, entregando-os à bondade de Deus, mais cedo regressam à luz da compreensão.
Se alguém, assim, caiu na morte do mal, diante de ti, ajuda-o a refazer-se para o bem; entretanto, além disso, é preciso também desatá-lo de qualquer constrangimento e deixá-la ir.

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Entre Dois Amores


Dizem que o que acontece nos filmes, acontece na vida. Pois Betty Schimmel viveu o drama de um sonho de amor não realizado.
Aos nove anos conheceu Richie. Na adolescência, a amizade se transformou em amor.
No final de 1944, os nazistas invadiram a Hungria. Betty e sua família foram enviados a um campo de concentração.
Em maio de 1945, ela foi libertada pelos americanos e começou a procurar Richie. Ele fora declarado morto, conforme uma lista que lhe apresentaram.
Então, Otto Schimmel se apaixonou por Betty e, depois de muita insistência, conseguiu que ela se casasse com ele, com a condição de que, se um dia Richie aparecesse, Otto a deixaria partir com o seu grande amor.
Emigraram para os Estados Unidos. Betty morava na casa de seus sonhos, com aqueles que deveriam ser também o marido e a família de seus sonhos: dois meninos e uma menina.
Contudo, o seu coração tinha sido deixado na Europa. Chegou a sofrer um colapso nervoso, pois não conseguia se entregar à felicidade.
Desejando rever a Hungria, fez a viagem sozinha. Na primeira semana em Budapeste, nem conseguiu deixar o hotel. As lembranças eram muitas e pesavam.
Por fim, resolveu ir jantar no Hotel Royal, aquele mesmo onde ela e Richie tinham planejado se casar.
Depois do jantar, ela correu os olhos pelo salão e seu coração disparou. Mesmo de costas, reconheceu Richie. Foi até ele e lhe tocou o braço.
Ele se voltou e, ao vê-la, a abraçou, as lágrimas escorrendo pelo rosto.
Richie era um cientista e estava em Budapeste para uma palestra. Disse que fora capturado pelos nazistas e ficara em um campo de concentração.
Ao ser libertado, a procurara por toda a Europa. Depois, na América.
Ele fora até seu apartamento, em Nova Iorque. Otto o despachara da porta, dizendo que Betty acabara de ter o primeiro filho.
Richie se casara, morava nos Estados Unidos e tinha três filhos. Implorou para que Betty deixasse a família e ficassem juntos.
Nos olhos dele, Betty via refletido todo o amor que haviam compartilhado. Disse que daria a resposta na manhã seguinte, no local de encontro que ambos bem conheciam.
Betty telefonou para Otto, magoada e furiosa porque ele não cumprira a promessa que fizera. Passou a noite andando de um lado para outro. Lembrou de todos os sacrifícios de Otto por ela, pelos filhos. Recordou sua responsabilidade como esposa e mãe e, finalmente, fez sua escolha.
Deixou um bilhete de adeus para Richie. Chorou durante toda a viagem até Paris, onde a esperava o marido.
Então, ela o abraçou, disse que estava voltando para casa e que, pela primeira vez, iria se permitir amá-lo por ele mesmo.
*   *   *
Uma vez, disse ela, tive um jovem amor que durou dos nove aos quinze anos, Richie. Deus me brindou com um amor maduro, Otto.
Depois de celebrar cinquenta e quatro anos de casamento, desfrutando da companhia dos filhos e netos, eu sei que tomei a decisão certa.
*   *   *
Utiliza-te do amor, na elevada expressão do matrimônio e, com a alma eleita, tece os sonhos de ventura indestrutível para o futuro imortal.
E nunca confundas paixão com amor e interesse sexual com afeição legítima.
 
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Entre dois amores, de Joyce Gabriel, da revista Seleções

Reader’s Digest

domingo, 13 de abril de 2014

Sombra e Luz


Nenhum espírito da comunidade terrestre possui tanta luz que não admita em si certa nesga de sombra, nem existe criatura com tanta sombra que não guarde consigo certa faixa de luz.
Aprende a fixar o próximo com a claridade que há em ti.
Não creias porém , que semelhante trabalho se filie ao menos esforço, porque, pelo peso das trevas que ainda imperam no mundo, a sombra que ainda nos envolve, na Terra,  a cada instante, se insinuará em nosso próprio entendimento, perturbando-nos as interpretações.
Se te demoras na obscuridade, não enxergarás senão os defeitos e as cicatrizes, as feridas e as nódoas que caracterizam a fisionomia do irmão infortunado, constrangendo-te ao medo e à usura, à incompreensão e à aspereza. E sabemos que quantos se detêm no cipoal ou no charco não encontram outros elementos, além da lama ou do espinho, para oferecer.
Alça a lâmpada acesa do conhecimento superior e avança para a frente, e, então, a ignorância e a delinquência surgir-nos-ão aos olhos por enfermidades da alma, que é preciso extirpar, a benefício da felicidade comum.
Não saiba a vossa mão esquerda o que deu a direita” – ensina-nos o Evangelho – e ousamos acrescentar: "não saiba a nossa sombra o que faz a nossa luz”, porque, dessa forma, avançando, acima das tentações da vaidade e do desânimo, a chispa humilde de nossa fé no Bem Infinito poderá transformar-se em chama viva e redentora para o caminho de todos os que nos cercam.

sábado, 12 de abril de 2014

Não Desanime


Cabe-nos não desanimar; prosseguir com o espírito voltado para o bem, de tal forma, que as paixões primitivas cedam lugar às peregrinas virtudes descendentes do amor. 
Desesperada, a criatura humana suplica misericórdia, e os céus generosos fazem chover sobre a terra as messes de misericórdia e de encorajamento para a vida. 
Não vos deixeis contaminar pelos desequilíbrios que grassam, pelo vírus do horror, que leva a vida aos patamares mais sofridos. Erguei-vos em pensamentos e em ação Àquele que nos prometeu estar conosco em qualquer circunstância para que pudéssemos ter vida e vida em abundância. 
Filhos da alma, vossos guias espirituais adejam ao vosso lado como aves sublimes de ternura, aguardando a oportunidade de manter convosco intercâmbio iluminativo. 
Não vos permitais o luxo da negativa às suas inspirações gloriosas. Não recalcitreis ante o espinho cravado nas carnes da alma de que necessitais momentaneamente. 
Desde quando conhecestes Jesus, tendes o descer de demonstrar-lhe fidelidade e amor, basta-vos abrir os sentimentos de fraternidade e de misericórdia para com todos aqueles que sofrem, perdoando-vos os equívocos e perdoando as agressões que vos chegam ameaçadoras. 
Ninguém a sós, em nome desses espíritas, que comparecem a este evento há cinquenta e nove anos sucessivamente. 
Nós vos conclamamos à diretriz de segurança para uma existência de paz. Amar! Sede vós aqueles que amam. Rejeitados, menosprezados e até perseguidos, aureolai-vos no amor para que se exteriorizem os sentimentos sublimes do Cordeiro de Deus e em breve possamos ver bebendo no mesmo córrego, o lobo e o cordeiro, os bons e os ainda maus, fascinados pela água pura do Evangelho libertador. 
Ide em paz, meus filhos, retornai aos vossos lares e buscai a luz da verdade que dissipa a ignorância e que anula a treva. 
Jesus conta convosco na razão direta em que com Ele contamos. Abençoe-nos o incomparável amigo Jesus e dê-nos a sua bênção de paz.

Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Honestidade Homenageada


Acreditam alguns que gestos de bondade, que demonstrem virtudes elevadas, não devam ser noticiados, muito menos elogiados.
Com isso, cria-se uma cultura de evidenciar somente o mal, as ações ruins que tomam as manchetes, todos os dias, ferindo-nos a sensibilidade, seja pela imprensa escrita, falada ou televisionada.
Verdade que o preceito evangélico diz que a mão esquerda não deve saber o que dê a direita. Naturalmente, o que ensinou Jesus é o não anunciar de si mesmo, a apologia das próprias obras.
Mas, nos dias em que vivemos, de tanta maldade tomando conta dos noticiários, da hipocrisia e da corrupção fazendo escola, a iniciativa de um shopping da Austrália foi, não somente inusitada, mas exemplo a ser implantado, em outros locais.
Uma equipe foi contratada para produzir um teste e preparou tudo em detalhes, instalando equipamentos fotográficos e de captação de som, posicionando seu pessoal em lugares estratégicos.
Tudo começa com um rapaz que, propositalmente, deixa um par de óculos no chão de um dos corredores do movimentado shopping. O resultado foi fabuloso.
Muitas pessoas, jovens, idosos, homens e mulheres levaram os óculos ao setor de achados e perdidos. A atendente, adredemente treinada, tinha o cuidado de perguntar o nome e, fingindo se atrapalhar, derrubava algo no chão, enquanto acionava uma câmera para fotografar quem fizera a entrega do objeto.
E, quando as pessoas pensavam que a história terminava ali, começavam as homenagens. Por onde elas andavam, pelo shopping, viam suas fotos com a frase: Obrigado por sua honestidade!
Lá estavam elas em monitores gigantes, em mensagens eletrônicas, em quadros de aviso: Esta é a nova face da honestidade.
Em vitrines, até bolos personalizados, com frases como: A honesta Marina.
A reação delas era de surpresa e felicidade. Exclamações lhes brotavam como Oh, meu Deus! O que é isso? Nossa, minha foto!
Ao final, quase à saída, mais surpresas: aplausos de um pequeno comitê e um buquê de flores.
O lema da campanha é: A honestidade não pode ficar sem recompensa.
*   *   *
Como seria bom se as emissoras de rádio e TV, se os jornais começassem a buscar as notícias do bem e noticiassem os atos de altruísmo, de dedicação, de amor ao semelhante.
Como nosso mundo tomaria outro colorido. E, por uma questão de contágio do bem, logo esses gestos se multiplicariam de forma aritmética, geométrica.
É disso que o mundo precisa: de boas notícias, de mostrar rostos de quem pratica o bem.
Logo mais, se veria o mal decrescer, por uma questão de imitação. Vendo tantos realizarem coisas positivas, sabendo como o fizeram, quantos não se sentiriam motivados a lhes seguir os passos?
Pensemos nisso e, de forma particular, comecemos hoje a buscar notícias positivas e a divulgá-las, entre os nossos conhecidos, familiares e amigos.
Comecemos a corrente da boa notícia. Comecemos a modificar o panorama do mundo.
Tornemo-nos repórteres do bem, do amor e veremos o local onde vivemos, onde trabalhamos, logo se modificar.
Comecemos hoje. O mundo espera.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Maioridade


"...O menor é abençoado pelo maior." Paulo (Hebreus. 7:7)

Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos.

Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência.

De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.

Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.

A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.

Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converter em bênçãos para a coletividade inteira.

A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.

Cresce a árvore para a frutificação.

Cresce a fonte para benefício do solo.

Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.

O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.

Desenvolvimento é poder.

Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.

Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o "menor é abençoado pelo maior".

Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pontos Importantes Para os Pais



No processo da educação, é comum ouvir-se pais a se indagarem onde erraram, para que seus filhos tenham tomado caminhos equivocados, distantes daqueles por eles idealizados.

Com o intuito de permitir mais ponderadas reflexões a respeito, alinhavamos alguns pontos de destaque no trato com os filhos, e que nem sempre são levados em conta.

Primeiro - considerar a importância do exemplo na escola do lar. A criança segue modelos e os mais próximos e mais constantes são os que, todo dia, falam, atuam e convivem com ela – os pais.

Segundo - as crianças não são bibelôs para serem admirados e exibidos. São seres que necessitam, desde cedo, de disciplina e afeto para a formação do caráter.

Terceiro - ninguém substitui os pais nas suas responsabilidades junto aos filhos. Por mais dignos se apresentem os profissionais e por mais bem remunerados sejam, jamais poderão prestar a assistência que o amor materno e a segurança paterna lhes conferem.

Quarto - os filhos não são satélites que permanecerão ao redor dos pais, indefinidamente. Criados para o progresso, eles caminham em trajetória própria, com atitudes e pensamentos pessoais. São Espíritos imortais, que transitam pelo mundo, na ânsia de um objetivo maior.

Quinto - as crianças podem merecer mesadas e facilidades, contudo, sempre com espírito de justiça. E, mesmo que sejam abundantes as condições no lar, não se pode esquecer da necessidade de incentivá-las ao trabalho e à cooperação, na medida das suas possibilidades.

Sexto - com a desculpa de serem inteligentes, jamais incentivá-las a superestimação do próprio valor, lembrando as lições da correta conduta pelos ramos da humildade, desde que ninguém é detentor de todo o saber.

Sétimo - cultivar preferências, bem como acolher intrigas, repreendendo a um, insistentemente, e deixando de corrigir a outro, é caminho que pode provocar desvios de conduta entre os filhos, gerando ciúmes e desavenças.

Oitavo - jamais impor determinada carreira profissional aos filhos, sem lhes observar as tendências, que devem ser respeitadas.

Nono - ter sempre em mente que as explicações honestas em torno do mundo e da vida são o melhor caminho, evitando entregar as mentes infantis às superstições e excessos de fantasias.

Décimo - não forçar os pequenos a abrigar preconceitos, ensinando-lhes, ao contrário, a respeitar a harmonia das diferenças que o mundo apresenta.

Décimo primeiro - não obrigar os filhos a casar ou deixar de casar, ou lhes frustrar a liberdade de escolha da companheira ou do companheiro.

Finalmente, não nos esqueçamos, enquanto pais amorosos e interessados no bem-estar dos nossos filhos, que eles são nossos associados de experiência e de destino, que é a perfeição.

Podem ser Espíritos amigos, afetos de passadas vidas ou adversários do pretérito, próximo ou distante. Podem ser credores que chegam para os acertos devidos ou devedores que nos batem à porta do carinho, solicitando perdão e auxílio.

Mas, sejam quais sejam as circunstâncias em que nos encontremos outra vez reunidos, tenhamos em mente que nos reencontraremos na Vida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade única de Deus.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 8 de abril de 2014

As Maravilhas do Mundo


Um grupo de estudantes de geografia estudava a respeito das sete maravilhas do mundo. Ao final da aula, lhes foi pedido que fizessem uma lista do que eles pensavam fossem consideradas as sete maravilhas atuais do mundo.
Embora com algumas discordâncias, a votação girou em torno das pirâmides do Egito, Taj Mahal, Grand Canyon, Canal do Panamá, Empire State Building, Basílica de São Pedro e a Grande Muralha da China.
Ao recolher os votos, o professor notou que uma estudante estava muito quieta e nem tinha virado sua folha ainda.
Intrigado, ele lhe perguntou se estava tendo problemas com sua lista.
Sim, respondeu ela. Eu não consigo fazer a minha lista, porque são muitas as maravilhas do mundo.
Tentando auxiliar, o professor sugeriu que ela mostrasse o que já havia escrito e então, talvez ele e os colegas pudessem colaborar, a fim de que ela se definisse.
A garota relutou um pouco e escreveu: Eu penso que as maravilhas do mundo sejam:
1. Tocar –
2. Sentir sabor –
3. Ver –
4. Ouvir –
5. Sentir –
6. Rir e, finalmente,
7. Amar.
A sala ficou completamente em silêncio.
*   *   *
É maravilhoso observar as façanhas do homem. A imponência das pirâmides do Egito que, até hoje, se constituem um mistério para a engenharia.
É emocionante contemplar a beleza do Taj Mahal, concretizado em homenagem a um grande amor. É espetacular contemplar as dimensões e o trabalho milenar da natureza, na elaboração das formas arrojadas do Grand Canyon.
É surpreendente descobrir como o homem venceu o desafio e construiu o Canal do Panamá. É grandioso ver a imponência do Empire State Building, que parece escalar os céus, no rumo do infinito.
É deslumbrante constatar a arquitetura, a pintura e a escultura da Basílica de São Pedro e o gigantesco esforço dos homens na construção da milenar Muralha da China.
Contudo, não poderíamos ver nenhuma dessas maravilhas sem nosso sentido da visão, com que fomos brindados por Deus. Os sons dos ventos que acariciam as campinas não seriam por nós detectados se não tivéssemos o sentido da audição.
E que dizer do sentido da gustação que nos permite diferenciar a fruta saborosa, os cereais que nos enriquecem a mesa e todas as demais delícias que compõem as refeições de todos os dias, em sua grande variedade?
E nossa capacidade de sorrir, extravasar a alegria que brota, resultante da nossa condição de seres dotados da extraordinária capacidade de amar?
E, quem ama, sente o coração bater descompassado no peito à simples presença do ser amado, que pode ser o marido, o pai, o irmão, o filho, um amigo.
E o toque que se externa em abraços, em mãos entrelaçadas que nos fazem sentir, sem palavras, apoio, segurança, cuidado, ternura, afeição?
Sim, com certeza são extraordinárias as criações humanas e grandiosas as belezas naturais, contudo, o que Deus colocou em nós, como capacidades inerentes a todo ser humano, suplantam qualquer outra maravilha.
*   *   *
Agradece a Deus o coração maravilhosamente desenhado e construído para te auxiliar no processo da evolução, nas etapas reencarnatórias.
Agradece a Deus esse trabalho majestoso do coração, dia e noite, na alegria e na dor, no trabalho e no repouso, no prazer e na tristeza, mantendo a tua vida.
Agradece a Deus tua vida, teu corpo, teu ser eterno que marcha progressivamente para ele, enquanto sentes, sorris, amas e te extasias com as bênçãos celestes.

Redação do Momento Espírita