domingo, 28 de junho de 2015

Ante os Pequeninos



Observa a criança e reconsidera o tratamento que talvez lhe tenhas dado até agora.
Sabes desincumbir-te dos compromissos para com os adultos;
Respeitar os semelhantes;
Instruir os companheiros menos cultos quanto à orientação no próprio caminho;
Auxiliar aqueles outros irmãos que te pedem simpatia e consolo.

Considera os pequeninos que se ajustam à existência e faze o mesmo.

Não prometas à criança o que não hás de cumprir e guia-lhe o passo, sempre que a vejas órfã de rumo.
Não nos referimos unicamente aos rebentos humanos que se desenvolvem no chão das necessidades materiais.
Estejam eles – os pequeninos – em ásperas provas no mundo ou acobertados pelo reconforto doméstico, são, todos eles, espíritos sedentos de apoio e luz na marcha evolutiva que lhes compete realizar.
Não lhes imponhas rejeição ou sofrimento a pretexto de penúria nem lhes relegues a vida ao abandono, na suposição de que a assistência puramente mercenária lhes resolva os problemas.
Aceita-os e convive com eles nos alicerces da sinceridade que te caracteriza o trato com os amigos amadurecidos nos melhores raciocínios da Humanidade.

Nem fantasia.
Nem violência.
Atenção e amor.
Verdade humanizada e entendimento constante.
Culto de bondade e prestação de serviço, nos mesmos recursos de que te utilizas na edificação dos afetos que te rodeiam.

Leva teus filhos ao pediatra e ao dentista, ao cabeleireiro e ao alfaiate, satisfazendo às exigências da vida comum.
Não olvides conduzi-los à idéia de Deus e às lições vivas do bem, a fim de que se lhes modele o coração para a Vida Superior.

És a imagem.
A criança é a objetiva.
Ou, melhor considerando, a criança é a terra adubada em que semeamos.
E de toda plantação que lhe dermos, os frutos correspondentes virão depois.


Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

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