Você já se sentiu tocado, sensibilizado pelos problemas que alguém está sofrendo?
Já agiu tentando diminuir o sofrimento de uma pessoa, pelo simples fato de compreender o seu estado emocional, as suas dificuldades?
O sentimento que nos leva agir assim chama-se compaixão.
Nasce na intimidade da alma, acalenta o coração e confere docilidade a nossas emoções.
São aqueles momentos em que nos focamos unicamente em aliviar a dor e o sofrimento de alguém, sem nenhuma outra intenção ou propósito.
Nossa compaixão se manifesta quando buscamos ativamente algo empreender para que o próximo possa ter amenizadas suas dificuldades, para que o peso em seus ombros se torne mais leve.
Tomados de compaixão, nos preocupamos apenas em aliviar as dores alheias.
A compaixão é o sentimento que extrapola os laços familiares, que nos permite olhar a Humanidade pela lente da fraternidade, sem reserva ou discriminação.
Apiedar-se de alguém é sensibilizar-se por ele. Mas é pela compaixão que o sentimento ganha força e irrompe do coração, solidarizando-se com as alheias problemáticas.
A compaixão surge a qualquer momento, em situação de dor que nos chama a atenção, necessitando expressar-se em solidariedade e entendimento, acima de qualquer paixão.
O exercício da compaixão, essa empatia emocional perante o próximo, abre clareiras em nosso coração, permitindo que sentimentos mais nobres se manifestem.
Por esse motivo é que pesquisas recentes mostram que o exercício da compaixão diminui os níveis do hormônio do estresse na saliva e no sangue.
Estudiosos perceberam, ainda, que sociedades com maior nível de compaixão e solidariedade são aquelas com maior nível de felicidade em sua população.
Na parábola do bom samaritano, proposta por Jesus, quando esse percebe o homem caído à beira do caminho, toma-se de verdadeira compaixão.
Não se trata apenas de piedade, pois que o samaritano age para ajudar verdadeiramente, demonstrando a sua preocupação e o interesse pelo bem-estar da vítima dos ladrões.
Isso o motiva a sair do seu trajeto, atender num primeiro momento, com os recursos de que dispõe. Depois, parte em busca de meios para o tratamento adequado, financia os recursos necessários para restabelecer a saúde do desconhecido.
Não há notícias na narrativa de que o samaritano tenha, sequer, indagado do seu atendido, qual o seu nome, sua procedência, de onde viera, o que fazia na estrada, se sabia quem o agredira e espoliara de todos os pertences.
Assim age a compaixão. O coração desconhece qualquer outro conceito a não ser o da fraternidade.
Na compaixão agimos como se fosse para nós mesmos ou para alguém de nossa intimidade, porque o coração nos ordena.
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Quando percebermos a necessidade do próximo, entendendo que dispomos de recursos para auxiliar, construamos pontes de compaixão.
Permitamos nos contaminar por esse impulso amoroso.
Como no adágio popular, que nos lembra que são as mãos que distribuem flores as que ficam perfumadas, perfumemos nosso coração tomado de compaixão.
Dessa forma, permaneceremos perfumados pela essência do amor.
E isso a nós mesmos fará muito felizes. É a alegria de se fazer o bem, de dar vazão aos nossos melhores sentimentos.
Redação do Momento Espírita
A compaixão e a bondade são indispensáveis. Sem esses valores não há felicidade. Mas muitos creem que a prática de valores como a compaixão, o perdão e o amor são relevantes apenas para os que praticam uma religião. Isso não é verdadeiro. Podemos ver que no passado e presente existiram pessoas que mesmo sem nenhuma fé religiosa tinham esse sentimento de cometimento, de responsabilidade, de compaixão pelo próximo. Essas pessoas se tornaram mais felizes, mais úteis, mais benéficas para a sociedade.
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