Qual será a melhor idade para o ser humano? É comum se denominar melhor idade a que está acima dos cinquenta e oito anos.
Pessoas mais maduras costumam brincar, indagando: Melhor idade para quê? Para morrer, para ficar doente, ficar sozinho, para cair?
E por aí vão, desfiando o rosário do que acreditam acompanhe aqueles
que se encontram beirando a casa dos sessenta anos para mais.
Se
perguntarmos, no entanto, às pessoas, qual consideram ser a melhor
idade, as respostas variam ao infinito. Vejamos que, quando somos
crianças, de um modo geral, ficamos ansiosos para crescer, ter mais anos
somados à nossa idade porque isso significa maior independência.
Afinal,
os irmãos mais velhos têm liberdade para fazer uma série de coisas que
nos são interditadas. Com dez anos, poderemos andar no banco da frente
do carro.
Com doze anos, teremos liberdade para assistir certos filmes.
Quando
estamos na adolescência, desejamos galgar os degraus da juventude com
presteza. Afinal, a juventude é o momento glorioso para os desafios
serem vencidos, um a um: a faculdade, as viagens internacionais, a
possibilidade de um emprego.
Em
alguns momentos, ansiamos pela madureza porque olhamos aqueles que já
concluíram os estudos universitários e estão triunfando em suas
profissões.
Olhamos
para os que têm certa estabilidade financeira e os invejamos. Os que já
constituíram a família e desfrutam da alegria da maternidade e da
paternidade. Ah, quando chegarmos lá!
É
bem natural, também, que, em certas fases mais duras da vida ou de
muitas cobranças e deveres, olhemos para os anos passados e expressemos:
Eu era feliz e não sabia.
Que
saudades da minha infância: sem maiores compromissos, sem ter tanta
conta para pagar, sem ter que levantar tão cedo, todos os dias, para
atender a agenda lotada.
Ou
nos recordamos da juventude e lamentamos o tempo passado. Como era boa a
juventude. Saíamos para dançar à noite e, no dia seguinte, aguentávamos
o trabalho, sem maiores problemas.
Viajávamos nos finais de semana, para a praia, jogávamos futebol e, na segunda-feira, lá estávamos nós, no batente.
Somos
assim mesmo: ora olhando para a frente, vivendo a ansiedade dos dias
futuros. Ora contemplando o passado, que nos parece mais feliz do que
quando por ele transitamos.
Então, qual será a melhor idade: a infância, a adolescência, a juventude, a madureza, a velhice?
* * *
Acreditemos: a melhor idade é sempre aquela que estamos vivendo, com sabedoria, desfrutando minuto a minuto, dia a dia.
Cada
fase tem seu encanto. A infância é o período dos folguedos, das
brincadeiras despreocupadas, do amanhã risonho e pleno de fantasias.
A adolescência é o período das descobertas, das paixões que explodem pela manhã e morrem com o entardecer.
A
juventude é o período das conquistas, as surpresas com o curso
escolhido, o diploma conquistado arduamente, a carreira que se inicia, a
constituição de um novo lar.
Na madureza, a carreira exitosa, os filhos crescidos, novos horizontes que se abrem.
E
a velhice é a idade de gozar o aconchego dos netinhos, de realizar as
viagens sonhadas em tantos dias, planejar ainda e sempre o amanhã.
Portanto, a melhor idade é aquela em que nos encontramos por ser a única sobre a qual podemos agir.
Por isso, vivamos intensamente o dia de hoje, com a nossa melhor idade.
Redação do Momento Espírita
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