Há
alguns anos, uma equipe de botânicos, desejando realizar uma
experiência muito especial, se dirigiu à região dos Alpes à procura de
novas espécies de flores.
Depois
de muitos dias de pesquisa, através de binóculos, eles encontraram uma
flor extremamente rara, com valor incalculável para a ciência.
Porém,
havia uma dificuldade. Ela estava na parte inferior de uma encosta
muito inclinada. Para pegá-la, alguém precisaria descer amarrado a uma
corda. Era, sem dúvida, uma tarefa de certo risco.
Buscando
nas redondezas, os botânicos encontraram um menino e lhe perguntaram
se, em troca de um bom pagamento, ele não se proporia a buscar a flor. O
garoto foi até o precipício, com seus olhos infantis mediu a boca
enorme da fenda, pensou um pouco e respondeu:
Se vocês esperarem um pouco, eu lhes darei a resposta. Volto logo.
Algum
tempo depois ele retornou, seguido por um senhor com os cabelos já
grisalhos. Aproximando-se do chefe da expedição científica, ele disse:
Agora, estou pronto para descer e pegar a flor, se este homem segurar a corda. Ele é meu pai.
* * *
Confiança
no pai. Tão salutar para as nossas vidas seria se vivêssemos com
confiança em Deus, nosso Pai. Confiança que nos permitiria viver mais
tranquilos, guardando a certeza de que a barca do planeta não anda à
deriva. O Divino Pai a conduz, atento e compassivo.
Se
existem aparentes injustiças, guerras e rumores de guerra, fome e dor -
o Pai está atento, tudo providenciando no momento certo e oportuno,
colocando as criaturas nos lugares exatos das suas necessidades
espirituais.
Confiança
que nos ensina que não devemos nos afadigar na precipitação, pois que
há tempo da sementeira como há o tempo da colheita.
Confiança
que nos oferece forças para solucionar problemas em vez de afastá-los.
Que nos permitiria olhar a dor com outra configuração. Não como o
espinho do resgate, mas a força-estímulo para a vida, desafio para o
avanço e a autorrealização.
Confiança
que é dínamo gerador de poderosas energias, mediante as quais se
estabelecem os contatos com as augustas fontes da vida, donde fluem e
refluem as forças que movem as montanhas das dificuldades.
Confiança
que permite ao homem investir todos os valores e recursos de que pode
dispor na programática que traça a bem de si mesmo.
Confiança que lhe permite superar os receios, graças à luz que espanca todas as sombras.
Confiança
que se transforma em coragem, nesse ardor que impele o homem a realizar
alguma coisa e a algo fazer, em benefício alheio.
Confiança em Deus, o Pai, que zela por nós e governa as nossas vidas.
* * *
Nos
dias de luta, recorde que Jesus, o doce Rabi Galileu, nos ensinou que
tudo que pedíssemos ao Pai, em nome dEle, o Pai nos concederia.
Recorde
ainda mais que o mesmo Jesus lecionou que nenhum pai dá uma pedra ao
filho que lhe pede pão. Assim também nosso Pai nos atenderá as
rogativas, velando pelos nossos destinos.
Pense nisso e siga mais tranquilo na vida, guardando a certeza de que Deus é Pai e segura as cordas da sua vida, de todas as nossas vidas.
Redação do Momento Espírita, com base na mensagem Segurando as cordas, de autoria ignorada; no cap. 42, do livro Celeiro de bênçãos, pelo Espírito Joanna de Ângelis
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