domingo, 6 de outubro de 2013

Generosidade: um ato de amor ao próximo


Algumas pessoas, infelizmente, agem como se as outras não existissem. Incrível isso. É só observar a saída do metrô, por exemplo. Algumas pessoas aguardam na porta, antes mesmo das outras saírem, elas empurram e entram. Essa cena repete-se diariamente em cada parada do metrô. Aprendi nas aulas de física que um corpo não pode ocupar dois lugares ao mesmo tempo. É impossível! Aprendi, ainda, que a educação é a ferramenta essencial no convívio humano. Esse exemplo é visto, às vezes, na saída do elevador. É necessário que as pessoas desçam para que as outras entrem. Muito simples, mas uma lógica também esquecida. A impressão que se tem é que algumas pessoas vivem realmente como se as outras não existissem. É como se o mundo delas fossem elas mesmas. A Generosidade pode ser vista em atos mais simples. Não é necessário dispor simplesmente de um valor material para praticar a generosidade, ela pode estar presente num simples sorriso, no tempo que dedicamos para ouvir o outro, na atenção que damos às pessoas que nos cercam, na prática da educação etc. São atitudes simples que fazem a diferença. Muitas vezes a correria nos impede de praticar, por isso ela deve estar em todos os lugares e momentos, deve fazer parte de nosso eu.

Quando praticamos a generosidade estamos praticando o amor ao próximo. Pode parecer que nossas atitudes sejam pequenas e insignificantes diante de tanta coisa ruim que acontece, mas imagine isso como um efeito dominó. É comum aquele que haja grosseiramente receber a resposta também com grosseria. O presente só é nosso quando o recebemos, quando não o aceitamos, o presente volta com a pessoa que ofereceu.

Todos as pessoas possuem sua contribuição, possuem suas características, suas funções, seus detalhes que, quanto mais se convive, mais se descobre. Todos somos filhos de Deus e nascemos para evoluir e amar o próximo como se fosse nós mesmos.

O conto da “Rosa e o sapo” que exemplifica essas situações de generosidade e amor ao próximo de forma especial: certa vez existia em um jardim uma rosa muito bonita, que se sentia envaidecida em saber que era a rosa mais linda naquele jardim, mas começou a perceber que as pessoas só a observavam de longe e acabou se dando conta de que, ao seu lado dela sempre havia um sapo grande, feio e asqueroso e esta era a razão das pessoas não se aproximarem. Indignada com a descoberta, ordenou que o sapo saísse de perto dela imediatamente. O sapo, muito humildemente, foi embora, se afastou de vez. Algum tempo depois, o sapo passou próximo de onde estava a rosa e se surpreendeu ao vê-la murcha e sem pétalas. Penalizado, perguntou a ela o que havia acontecido. Ela, muito envergonhada, explicou que desde que o sapo foi embora, as formigas se aproximaram e a comeram dia após dia, por isso estava acabada, sem vida e sem sua beleza tão adorada pelos outros. O sapo explicou que, quando estava por perto, ele comia todas as formigas que se aproximavam, por isso ela conseguia ser a rosa mais bonita do Jardim.

O ser humano é social por natureza. Foi criado para viver com seu semelhante e a mágica da vida é justamente viver e conviver com essas diferenças. Acontece que dentro desse mundo pequenino que alguns vivem, eles são o centro, são a beleza suprema e a excelência propriamente dita. O sapo em sua atitude simples praticava a generosidade sem mesmo a rosa perceber. Muitas vezes, não valorizamos os outros, por acharmos que somos superiores, mais bonitos, de mais valor e achamos que os outros não nos servem para nada, muito pelo contrário, a cada espaço, a cada olhar, a cada gesto existe uma forma de expressão e não podemos esquecer da linguagem mundial: educação. Deus não fez ninguém para 'sobrar' neste mundo. De repente, aquele que você pensa estar fazendo o mau, esteja salvando você das formigas.

Prof. William Sanches 

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