Algumas pessoas, infelizmente, agem
como se as outras não existissem. Incrível isso. É só observar a saída
do metrô, por exemplo. Algumas pessoas aguardam na porta, antes mesmo
das outras saírem, elas empurram e entram. Essa cena repete-se
diariamente em cada parada do metrô. Aprendi nas aulas de física que um
corpo não pode ocupar dois lugares ao mesmo tempo. É impossível!
Aprendi, ainda, que a educação é a ferramenta essencial no convívio
humano. Esse exemplo é visto, às vezes, na saída do elevador. É
necessário que as pessoas desçam para que as outras entrem. Muito
simples, mas uma lógica também esquecida. A impressão que se tem é que
algumas pessoas vivem realmente como se as outras não existissem. É como
se o mundo delas fossem elas mesmas. A Generosidade pode ser vista em
atos mais simples. Não é necessário dispor simplesmente de um valor
material para praticar a generosidade, ela pode estar presente num
simples sorriso, no tempo que dedicamos para ouvir o outro, na atenção
que damos às pessoas que nos cercam, na prática da educação etc. São
atitudes simples que fazem a diferença. Muitas vezes a correria nos
impede de praticar, por isso ela deve estar em todos os lugares e
momentos, deve fazer parte de nosso eu.
Quando praticamos a
generosidade estamos praticando o amor ao próximo. Pode parecer que
nossas atitudes sejam pequenas e insignificantes diante de tanta coisa
ruim que acontece, mas imagine isso como um efeito dominó. É comum
aquele que haja grosseiramente receber a resposta também com grosseria. O
presente só é nosso quando o recebemos, quando não o aceitamos, o
presente volta com a pessoa que ofereceu.
Todos as pessoas
possuem sua contribuição, possuem suas características, suas funções,
seus detalhes que, quanto mais se convive, mais se descobre. Todos somos
filhos de Deus e nascemos para evoluir e amar o próximo como se fosse
nós mesmos.
O conto da “Rosa e o
sapo” que exemplifica essas situações de generosidade e amor ao próximo
de forma especial: certa vez existia em um jardim uma rosa muito bonita,
que se sentia envaidecida em saber que era a rosa mais linda naquele
jardim, mas começou a perceber que as pessoas só a observavam de longe e
acabou se dando conta de que, ao seu lado dela sempre havia um sapo
grande, feio e asqueroso e esta era a razão das pessoas não se
aproximarem. Indignada com a descoberta, ordenou que o sapo saísse de
perto dela imediatamente. O sapo, muito humildemente, foi embora, se
afastou de vez. Algum tempo depois, o sapo passou próximo de onde estava
a rosa e se surpreendeu ao vê-la murcha e sem pétalas. Penalizado,
perguntou a ela o que havia acontecido. Ela, muito envergonhada,
explicou que desde que o sapo foi embora, as formigas se aproximaram e a
comeram dia após dia, por isso estava acabada, sem vida e sem sua
beleza tão adorada pelos outros. O sapo explicou que, quando estava por
perto, ele comia todas as formigas que se aproximavam, por isso ela
conseguia ser a rosa mais bonita do Jardim.
O ser humano é social
por natureza. Foi criado para viver com seu semelhante e a mágica da
vida é justamente viver e conviver com essas diferenças. Acontece que
dentro desse mundo pequenino que alguns vivem, eles são o centro, são a
beleza suprema e a excelência propriamente dita. O sapo em sua atitude
simples praticava a generosidade sem mesmo a rosa perceber. Muitas
vezes, não valorizamos os outros, por acharmos que somos superiores,
mais bonitos, de mais valor e achamos que os outros não nos servem para
nada, muito pelo contrário, a cada espaço, a cada olhar, a cada gesto
existe uma forma de expressão e não podemos esquecer da linguagem
mundial: educação. Deus não fez ninguém para 'sobrar' neste mundo. De
repente, aquele que você pensa estar fazendo o mau, esteja salvando você
das formigas.
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