Certo dia, um escritor, que costumava caminhar pela praia, em busca de inspiração, observou, ao longe, algo a se movimentar.
Continuou andando na direção daquela sombra até aproximar-se o bastante para perceber que se tratava de um homem.
Quando
chegou mais perto notou que ele juntava as estrelas do mar, que haviam
ficado presas na areia quente da praia, e as devolvia ao mar.
Só então ele se deu conta de que havia muitas estrelas do mar espalhadas pela praia.
Espantado disse ao homem: Você não percebe que há muitas estrelas do mar por aí? Seu esforço não vale a pena.
Mesmo que você trabalhe vários dias seguidos não conseguiria salvar todas elas. Então, que diferença faz?
O homem, que ainda não havia parado para lhe dar atenção, pegou uma estrela do mar, ergueu-a e, mostrando-a ao escritor disse: Para esta eu fiz diferença.
E, jogando-a ao mar, continuou sua empreitada.
O
escritor observou aquele homem por mais alguns instantes e chegou à
conclusão de que havia encontrado, naquele gesto simples e
desinteressado de um anônimo, a inspiração que buscava.
* * *
Quando nos parecer que um pequeno gesto nobre de nossa parte não faz diferença, lembremo-nos desta singela história.
Pensemos que um único sorriso pode fazer muita diferença para alguém que se encontra desalentado.
Uma palavra de otimismo fará diferença para quem está desesperado.
Um exemplo nobre junto aos filhos, aos familiares, aos amigos, ou àqueles que nos observam de perto, pode fazer muita diferença.
A
cada instante nós perdemos excelentes oportunidades de sermos gentis,
de perdoarmos, de agirmos com delicadeza, de sermos honestos, sinceros,
de calarmos uma ofensa.
E isso tudo, no cômputo geral, faz grande diferença.
Recentemente,
lemos a notícia de que é preciso resgatar os valores simples para
evitar os males atuais que são a depressão, a ansiedade, o desalento,
entre outros.
Essa foi a conclusão a que chegaram os psiquiatras que participaram de um Congresso de Psiquiatria Clínica.
A
tão falada e útil globalização, a grande quantidade de informações que
chega a cada instante, a disputa pelo poder, a competição desonesta, faz
com que nos esqueçamos de ser gente.
Parece
mesmo que estamos nos tornando máquinas automatizadas, incapazes de
olhar para quem está ao nosso lado, senão como um ferrenho concorrente
ou um adversário pertinaz..
Se
todos nós repensássemos valores e nos lembrássemos de que somos seres
criados para viver em sociedade e que, acima de tudo, somos Espíritos
imortais, filhos do mesmo Pai, talvez sofrêssemos menos.
E isso faria diferença.
* * *
Quando percebermos alguém preso nas areias quentes da solidão...
Quando
notarmos alguém se debatendo no mar revolto do sofrimento... lembremos
que todos somos estrelas do Universo, colocadas lado a lado, pelo
Criador, para crescermos juntos.
E, como ensinou o Mestre de Nazaré, não sejamos estrelas apagadas, mas façamos brilhar a nossa luz onde quer que estejamos.
Só então perceberemos o quanto isso faz diferença.
Redação do Momento Espírita.
É aquilo que sempre digo. Independente de qualquer coisa nesta vida, o importante é que façamos a nossa parte.
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