Será que precisamos de tudo aquilo que desejamos ter?
Já paramos para pensar sobre isso?
Eis uma reflexão que necessita de nossa atenção, e que irá colocar em análise muitos de nossos valores.
Lembramos
 de uma passagem narrando que Mahatma Gandhi, depois de ter conseguido a
 independência da Índia, fez uma visita à Inglaterra.
Passeava com algumas pessoas pelas ruas de Londres, quando sua atenção foi atraída para a vitrine de uma famosa joalheria.
E ali ficou Gandhi, olhando as pedras preciosas e as joias ricamente trabalhadas.
O dono da joalheria imediatamente o reconheceu, e foi até a rua saudá-lo:
Muito me honra que o Mahatma esteja aqui, contemplando o nosso trabalho. – Disse ele. Temos muitas coisas de imenso valor, beleza e arte, e gostaríamos de oferecer-lhe algo.
Sim, estou admirado com tanta maravilha. – Respondeu Gandhi. E,
 mais ainda, estou surpreso comigo, pois sabendo que podia ganhar um 
rico presente, ainda consigo viver e ser respeitado sem precisar usar 
joias.
*   *   *
Outro Espírito muito sábio também se refere a essa mesma questão. O Dalai Lama, em seu livro A arte da felicidade, propõe a seguinte prática:
Toda
 vez que estivermos diante de algo que desejamos adquirir, algo que nos 
desperte o desejo, a vontade, indaguemos a nós mesmos: “Será que 
precisamos disso?”
Se nos deixarmos levar por um primeiro impulso responderemos: “Sim, é claro que precisamos”, pois ainda não racionalizamos nada.
Agora,
 se pensarmos um pouco mais, e deixarmos esse primeiro ímpeto para trás,
 conseguiremos descobrir se realmente estamos precisando daquilo.
Assim,
 assegura-nos o líder tibetano que não seremos facilmente seduzidos 
pelas conquistas materiais, que tendem a querer nos escravizar.
Nosso
 ser é frágil e ainda acha que precisa de recursos externos para 
assegurar sua felicidade. A baixa autoestima, por vezes, nos faz 
procurar no mundo algo que consiga elevá-la.
Comprar
 roupas, carros, joias pode trazer uma certa satisfação às nossas vidas,
 mas ela será apenas momentânea. Logo que o encanto com o novo passe, 
voltaremos ao nosso anterior estágio de felicidade.
O
 ser que busca a espiritualização vai encontrar os recursos para 
construir sua felicidade naquilo que não é matéria, vai encontrar a 
satisfação nos sentimentos, nas ações nobres que pratique em favor do 
outro, numa conversa amiga, na contemplação da natureza.
O
 ser que busca a espiritualização precisa rever seus valores, e não 
ceder aos apelos da mídia e dos modismos, conseguindo assim alicerçar 
sua felicidade em terreno seguro.
*   *   *
O Sábio dos sábios um dia ensinou:
Não
 ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde 
os ladrões arrombam e roubam. Mas, ajuntai tesouros no céu, onde nem a 
ferrugem destrói, e onde os ladrões não arrombam e nem roubam. Pois onde
 estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita

 
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