sábado, 4 de maio de 2013

Diante do Amanhã



Compreendemos, sim, todos os teus cuidados no mundo, assegurando a tua tranquilidade:
Organizas a casa em que vives; proteges as vantagens da parentela; preservas a segurança dos filhos; atendes ao teu grupo social; valorizas o que possuis; selecionas os pratos do dia; defendes como podes a melhoria das tuas rendas; aspiras a conquistar salário mais amplo; vasculhas o noticiário do que vai pelo mundo; marcas horários para o cabeleireiro; escolhes o filme que mais te agrada; examinas a moda; questionas acontecimentos políticos; discutes os serviços públicos; tentas influenciar opiniões e pessoas; desvelas-te em atrair a simpatia dos companheiros; observas as condições do tempo; sabes procurar os serviços do médico e do dentista....
Tudo, isso meu irmão da Terra, é compreensível, tudo isso é preocupação natural da existência.
No entanto, não conseguimos explicar o teu desvairado apego às ilusões de superfície, nem entendemos porque não dedicas alguns minutos de cada dia, de cada semana ou de cada mês, a refletir na transitoriedade dos recursos humanos, reconhecendo que nada levarás, materialmente, do plano físico, tanto quanto, afora os bens do espírito, nada trouxeste ao pousar nele.
Ainda assim, não te convidamos à ideia obcecante da morte, porquanto a morte é sempre a vida noutra face.
Desejamos tão somente destacar que, nessa ou naquela convicção, ninguém fugirá do porvir.
Disse o Cristo: “andai enquanto tendes luz”.
Isso quer dizer que é preciso aproveitar a luz do mundo, enquanto é tempo, para fazer luz em nós.
(Emmanuel, de "Justiça Divina", de Francisco Cândido Xavier)

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