quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Paz de Cristo



Quem diz "paz em nome de Cristo", nem sempre observa que a paz, na maioria das vezes, nasce de perigosas situações.
Pensemos em Jesus nas últimas horas do convívio com as criaturas humanas. Preso na véspera do Supremo Sacrifício trazia o espírito preocupado ante a deserção dos discípulos; é conduzido ao cárcere onde sofre agressões e vexames; passa a noite injuriado e açoitado pelos agentes do Sinédrio; é vestido pelos próprios verdugos, de modo a que a multidão não lhe veja as feridas que eles próprios lhe abriram no transcurso da noite; é duramente humilhado na casa de Antipas; volta ao julgamento e Pilatos, perante o público que o cobria de impropérios, coloca-o inferior a Barrabás, o criminoso; é obrigado a carregar a cruz do suplício e, quase cambaleando, ao peso do lenho, após várias quedas ao chão, foi nele cruelmente crucificado.
Esse mesmo Cristo é que volta das sombras do túmulo e fala aos amigos envergonhados:
- "A minha paz vos dou...".
Quem estiver esperando a paz e especialmente a paz de Cristo, recorde o preço da paz obtida por ele, o Divino Mestre e Senhor, e acabará reconhecendo que a paz, muitas vezes, vem até nós, mas através das mais dolorosas e difíceis situações.

(Emmanuel / Francisco Cândido Xavier)

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