Uma jovem brasileira, que mora no Japão, relatou o fato a uma amiga: Ontem, um homem esteve em minha casa e deixou um galão de água em frente da minha porta.
Informou que, durante a madrugada, seria feita uma vistoria no encanamento e o registro de água seria desligado por algumas horas. Uma equipe, junto com ele, estava passando em todas as casas para avisar, deixar o galão e pedir desculpas pelo eventual transtorno.
Eu disse que não precisava deixar a água. Afinal, no horário em que haveria o desligamento, eu estaria dormindo.
Mas, o homem respondeu: “Você paga suas contas todos os meses e nós temos obrigação de não deixá-la sem água nem por um minuto. Se precisar mais, pode pedir.”
E prosseguiu, distribuindo os galões nas outras casas. Durante a madrugada, o grupo trabalhou nas ruas, em silêncio.
No dia seguinte, retornaram, de casa em casa, somente para agradecer.
* * *
O fato parece quase inacreditável. Um galão de água deixado de porta em porta para o caso de os moradores terem alguma eventual necessidade às duas ou três horas da manhã.
Não é caridade, não é favor. É direito do cidadão que paga taxas e impostos.
Um galão de água na porta. Um serviço de atendimento ao consumidor que funcione de forma fácil. Um policial em cada esquina.
Nota fiscal entregue em todas as transações comerciais. Lixeiras por toda parte. Ruas bem sinalizadas. Transporte farto, barato e que cumpra horários. Hospitais com vagas dia e noite. Escolas eficientes. Confiança em vez de burocracia.
Se todos concordamos que isso tudo seria ótimo acontecer em nosso país, por que não acontece? Quem emperra?
Quem emperra somos nós, seduzidos por vantagens exclusivas e não coletivas.
Não podemos culpar o governo porque, em verdade, vivemos numa democracia, onde os governantes são eleitos pelo voto popular.
A culpa é nossa. Nós é que estamos impedindo que o país se moralize e avance. Escolhemos mal nossos representantes.
Agimos mal, como cidadãos, sempre nos perguntando como podemos faturar alguma coisa com essa ou aquela situação.
Importante que cada um de nós inicie a sua própria moralização, passe a agir de forma ética, pense mais no bem comum e menos em si mesmo.
Então, logo mais, a violência terá sido banida de nossas escolas, dos campos de futebol, da sociedade, em geral.
E teremos uma sociedade mais justa. Autoridades zelando pelo bem comum. Cidadãos se preocupando com o outro.
Primemos por ensinar aos nossos filhos o respeito ao próximo, do faxineiro ao professor, do atendente ao magistrado, do policial à mais alta autoridade do país.
Sejamos cidadãos conscientes, zelando pela limpeza das ruas, dos parques e jardins, economizemos água e energia, primemos pela separação sistemática do lixo, colaborando com a reciclagem.
Paguemos nossos impostos mas, sobretudo, votemos, de forma consciente, não porque alguém indicou o candidato, ou porque ele nos cumprimentou, durante a campanha, ou prometeu alguma vantagem pessoal.
Sim, nosso Brasil pode se tornar o gigante da moralidade, da decência, da hombridade. Verdadeiro exemplo de país iluminado pelo sol do novo mundo, pela luz do Evangelho de Jesus.
Pensemos nisso e comecemos a agir. O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.
Redação do Momento Espírita
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