Tenho percebido que as pessoas já
possuem um discurso pronto quando se trata de educação e, na maioria das
vezes, é um discurso negativo. A impressão externada é que aquilo foi
implantado dentro delas. O ser educador é todo ser humano, pois toda
nossa atitude, até a mais simples, torna-se um exemplo a quem nos cerca.
Pais, filhos, avós, vendedores, artistas, políticos e esportistas
transformam-se em seres que contribuem muito para a formação de crianças
e jovens brasileiros. São, portanto, educadores mesmo sem perceberem e,
por isso, acabam confiando essa tarefa apenas aos profissionais de
educação, que recebem da sociedade a dura, mas prazerosa tarefa de
educar.
Ao perceber o
conhecimento como um objeto de transformação política e social, todo
profissional e cidadão comprometido com a melhoria desse país, pode
adotar uma postura de semeador, um semeador de idéias capaz de criar
novos caminhos para a educação no Brasil. Com essa proposta, temos a
possibilidade de ampliar o horizonte de todos aqueles que trabalham e
desenvolvem, qualquer que seja a atividade, nessa grande escola chamada
Planeta Terra.
Infelizmente estamos
sendo cometidos por uma avalanche de reportagens mostrando a
desvalorização do professor, violências nas escolas e a baixa procura
pelos cursos de Licenciatura. Uma pena, porque a mais bela das
profissões - que pode ser encarada como missão, porque ser professor é
profissão, mas ser educador é ir além – deveria ser uma das mais
valorizadas por qualquer país. Todos nós tivemos ou temos um professor
em nossas vidas. O conhecimento e o acesso a cultura que esses
profissionais proporcionam garantem uma evolução moral, intelectual e
social dos indivíduos envolvidos nesse processo. Só não passaram pela
escola aqueles que morreram e, criando uma metáfora, morrem em vida
também aqueles que não passaram por ela, pois deixaram de ver um mundo
mais colorido e mais amplo em todas as formas.
Reclamar não acrescenta
nada, é necessário agir e ser um objeto transformador. As pessoas,
quanto mais conhecem, mais produzem saberes, mais conhecem a si mesmas.
Tornam-se ainda mais belas quando transmitem esse conhecimento, quando
permitem também que o outro conheça um pouco daquilo que sabe. Não
valorizar aqueles que se dedicam a atividade de ensinar e educar, é não
valorizar o mundo onde estão inseridos.
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