Soberbo, humilha-te, porque a mão do Senhor curvará o teu orgulho até a poeira!
Escuta!
Nasceste onde te lançou a sorte; saíste do seio materno fraco e nu como
o último dos homens. Por que levantas a fronte mais alto que os teus
semelhantes, tu que como eles nasceste para a dor para a morte?
Escuta!
Tuas riquezas e tuas grandezas, vaidades das vaidades, escaparão de
tuas mãos quando vier o grande dia, como as águas inconstantes da
torrente que o sol evapora. Não levarás de tuas riquezas mais que as
tábuas do esquife, e os títulos gravados na lápide funerária serão
palavras vazias de sentido.
Escuta!
O cão do coveiro brincará com os teus ossos, e eles serão misturados
aos do mendigo; a tua poeira confundir-se-á com a dele, porque um dia
vós ambos sereis apenas pó. Então amaldiçoarás os dons que recebeste,
quando vires o mendigo revestido de sua glória, e chorarás o teu
orgulho.
Humilha-te, soberbo, porque a mão do Senhor curvará o teu orgulho até o pó.
São Luís, Allan Kardec - Revista Espírita - 1858
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