A
cena é comum nos dias de hoje: reuniões sociais e profissionais, nas
quais as pessoas ficam grande parte do tempo conectadas aos seus
telefones móveis.
Quando chegam aos
lugares, vão logo depositando à mesa o acessório e a partir daí, fica
dividida a atenção. É um olho no ambiente e outro na tela do aparelho.
Parece até que tem um poder magnético, pois as pessoas são capazes de olhar mais para ele do que umas para as outras.
Estando sozinhos, a impressão que se tem é que o referido instrumento é capaz de fazer companhia ao indivíduo, substituindo a presença física de um amigo.
Quando funcionavam
simplesmente como telefones não eram tão invasivos, mas hoje o seu uso
está muito ampliado. Na ânsia de nos mantermos conectados com o mundo,
por vezes, nos esquecemos de quem está ao nosso lado.
Priorizamos a necessidade
de receber uma notícia importante, de enviar ou receber alguma mensagem
ou fazer consulta para esclarecer dúvidas.
São os novos hábitos sociais.
Infelizmente, eles partem
as pessoas ao meio. Metade do indivíduo fica presente e a outra metade
fica ligada ao aparelho e a tudo que ele proporciona.
Temos consciência de que todo progresso tecnológico, quando empregado para o bem, traz alegria e conforto à humanidade.
São muitas as facilidades que essa nova tecnologia nos possibilita e abrir mão delas está fora de questão.
A reflexão é no sentido de utilizá-la da forma mais conveniente, com moderação e respeito aos que nos cercam.
É certo que esses
aparelhos, que estão facilmente ao nosso alcance, nos trazem informações
necessárias. Mas, devemos ter cuidado para que eles não interfiram em
momentos fundamentais aos relacionamentos.
Estejamos atentos à forma como temos utilizado esses recursos.
Não deixemos jamais de
valorizar a companhia de quem está ao nosso lado, de olhar nos olhos
durante um diálogo, de escutar o outro com atenção, de se fazer presente
e curtir o momento em que estamos vivendo essa ou aquela situação.
Procuremos não dar maior
importância a esses aparelhos, em detrimento da atenção que possamos
oferecer a quem está próximo de nós.
Os momentos passam e não
voltam. Todos eles são importantes para fortalecer os vínculos afetivos
que existem nos relacionamentos.
As mensagens, pesquisas, informações e tudo mais, muitas vezes, podem esperar.
* * *
Qualquer processo de
reeducação é sempre mais trabalhoso do que a educação pura e simples,
pois implica em deixarmos hábitos enraizados e substituí-los por outros.
Se já nos deixamos levar por esses costumes inadequados, busquemos modificá-los.
Nessa época de tecnologia
avançada e de cibernética, trabalhemos em nós mesmos a capacidade de
vivenciar integralmente os relacionamentos pessoais.
Busquemos desligarmo-nos
do que está distante para valorizarmos e nos ligarmos verdadeiramente em
quem está conosco aqui, agora.
Aproveitemos cada minuto com os amores, os afetos. Isso é insubstituível e poderá não se repetir.
Pensemos nisso: o momento é agora, enquanto estão conosco.
Redação do Momento Espírita.
A tecnologia deveria proporcionar mais tempo livre às pessoas. Mas o computador, o celular, iPad, por exemplo, são símbolos de status e de quem é bem informado. Sendo, infelizmente, importante mostra o ter do que o ser.
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