Depois da morte do corpo:
A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade.
A
opinião caridosa que formulamos acerca dos outros converter-se-à em
recurso de benignidade da Justiça Divina, no exame de nossos erros.
O pensamento de fraternidade e compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de nosso equilíbrio.
O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-à farta colheita de alegria.
Mas, igualmente, além do túmulo:
A maledicência que partiu de nossa boca será espinheiro a provocar-nos dilacerações de ordem mental.
A nossa indiferença para com as amarguras do próximo nos aparecerá por geada desoladora.
A nossa preguiça surgirá por gerador de inércia.
A
nossa possível crueldade exibirá, na tela de nossas consciências, a
constante repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de
nossas vítimas, compelindo-nos à demora em escuras paisagens
purgatoriais.
* * *
A morte é o retrato da vida.
A
verdade revelará na chapa do teu próprio destino as imagens que
estiveres criando, sustentando e movimentando no campo da existência.
Se
desejas alegria e tranquilidade, além das fronteiras de cinza do
sepulcro, semeia, enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes
recolher, nas sendas da ascensão espiritual.
Hoje - plantação, segundo a nossa vontade.
Amanhã - colheita, conforme a Lei.
Amanhã - colheita, conforme a Lei.
Se agora cultivamos a treva, decerto encontraremos, depois, a resposta respectiva.
Se,
porém, semearmos o amor e a simpatia onde nos encontrarmos,
indiscutivelmente, mais tarde, penetraremos a luz e a beleza da
imortalidade vitoriosa.
Emmanuel
(Do livro “Plantão de Paz” - Chico Xavier)
(Do livro “Plantão de Paz” - Chico Xavier)
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