Somos cuidadosos,
salvaguardando o clima doméstico. Dispositivos de alarme, faxinas,
inseticidas, engenhos de proteção e limpeza.
No entanto, raros de nós se acautelam contra o inimigo que se nos instala
no próprio ser, sob os nomes de canseira, nervosismo, angústia ou
preocupação.
Asseguramos a tranqüilidade dos que nos cercam, multiplicando recursos de
segurança e higiene, no plano exterior, e, simultaneamente, acumulamos
nuvens de pensamentos obsessivos que terminam suscitando pesadelos dentro
de casa.
Muitas vezes, desapontados conosco mesmos, à face dos estragos
estabelecidos por nossa invigilância, recorremos a tranquilizantes
diversos, tentando situar a impulsividade que nos é própria no quadro das
moléstias nervosas, no pressuposto de inocentar-nos.
Sem dúvidas não podemos subestimar o poder da mente sobre o campo físico
em que se apóia. Se acalentarmos a irritação sistemática, é natural que os
choques do espírito atrabiliário alcancem corpo sensível, descerrando
brechas à enfermidade.
Nesse caso, é preciso rogar por socorro ao remédio. Ainda assim, é
imperioso nos decidamos ao difícil entendimento do autodomínio.
No que concerne a temperamento, é possível receber as melhores instruções e receitas de calma; entretanto, em última análise, a providência decisiva pertence a nós mesmos.
No que concerne a temperamento, é possível receber as melhores instruções e receitas de calma; entretanto, em última análise, a providência decisiva pertence a nós mesmos.
Ninguém consegue penetrar nos redutos de nossa alma, a fim de guarnece-la
com barricadas e trancas.
Queiramos ou não, somos senhores de nosso reino mental. Por muito nos
achemos hoje encarcerados, do ponto de vista de superfície, nas
conseqüências do passado, pelas ações infelizes em nossa estrada de ontem,
somos livres, na esfera íntima, para controlar e educar o nosso modo de
ser. Não nos esqueçamos de que fomos colocados, no campo da vida, com o
objetivo supremo de nosso rendimento máximo para o bem comum.
Saibamos enfrentar os nossos problemas como sejam e como venham,
opondo-lhes as faculdades de trabalho e de estudo que somos portadores.
Nem explosão pelas tempestades magnéticas da cólera e nem fuga pela
tangente do desculpismo.
Conter-nos. Governar-nos. Aqui e além, estamos chamados a conviver com os
outros, mas viveremos em nós estruturando os próprios destinos, na pauta
de nossa vontade, porque a vida, em nome de Deus, criou em cada um de nós
um mundo por si.
(Do livro
"Encontro Marcado", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixem seu comentário, ficamos felizes com suas contribuições.