Não
é novidade a previsão de que o mundo vai acabar. As culturas milenares
ou doutrinas recentes, pregadores de hoje ou profetas do ontem se
fizeram arautos do fim do mundo.
Alguns previram explosões e convulsões intensas avassalando imensas regiões.
Outros,
imaginaram grandes asteróides se chocando com a Terra, convulsionando
de tal forma a harmonia do planeta, que a vida humana se tornaria
impossível, sendo destruída em sua totalidade.
Alguns fanáticos promoveram suicídios coletivos, antecipando a catástrofe que, imaginavam eles, se daria brevemente.
Não
foram poucos aqueles que marcaram data, ano, na exatidão do calendário
que se escoava e que teimava em não cumprir a previsão catastrófica.
Poucos, porém, se deram conta de que o mundo há muito tempo vem acabando.
Onde está o mundo onde as mulheres não tinham direitos sociais, eram proibidas de votar, não podiam frequentar a escola?
Esse mundo acabou, resistindo apenas em alguns rincões de ignorância e miséria moral.
Como
falar, então, do mundo onde as cartas levavam meses para encontrar seu
destino, onde as notícias eram poucas e raras, onde sabia-se de pouco e
pouco se difundia?
Esse
mundo também acabou, substituído por um mundo melhor, onde a tecnologia
nos aproxima, nos beneficia, coloca luzes nos mais distantes lugares do
mundo, minimizando as dores e dificuldades.
Analisando
assim, é verdade que o mundo está acabando. Não da maneira violenta e
definitiva como imaginavam tantos, nem tampouco de forma irreversível e
avassaladora como pregaram outros.
É
natural da evolução humana que o mundo vá se acabando, para que outro
mundo se construa, na marcha inevitável do progresso e da melhora.
Mesmo
a guerra, as grandes catástrofes naturais, os desastres são previstos
nas leis de Deus para que o progresso ganhe marcha e a melhora se
instale para todos.
Nesses dias de transição que ora passamos, é urgente que o mundo também se acabe.
Mas esse mundo que deve ser extinto é o mundo da violência que palpita dentro de nós.
Temos que ajudar a dar fim ao mundo de injustiça que, muitas vezes, permitimos que se dê sob os nossos olhos.
Devemos
colaborar para o fim de um mundo de iniquidades, de desigualdades, de
fome e miséria que ainda se estende por tanta parte e para tantos.
É
verdadeiramente urgente que esse mundo todo se acabe. E que um novo
mundo se inicie em nossa intimidade e, aos poucos, possamos colaborar
para que nosso planeta ganhe outras paisagens e outros valores.
Só
assim dia virá em que olharemos para esses dias que ora se passam e
teremos a certeza de que o mundo acabou. E que no lugar dele, um mundo
de paz, harmonia e justiça se instaurou, para nunca mais acabar.
Redação do Momento Espírita
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