quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

As Quatro Bolas




Um homem chamado Ganesha tinha quatro filhos.
Quando os filhos estavam em plena adolescência, o pai começou a inquietar-se.
Notou que cada um deles tinha um temperamento e que eram muito diferentes entre si.
O mais velho era calado e apático, sem ânimo para trabalhar, sempre tímido.
O segundo era cheio de manias, teimoso e nunca dava atenção aos conselhos e advertências paternas.
O terceiro, inteligente, hábil e criativo, esforçava-se para prosperar na vida.
O quarto revelava-se arrebatado, violento, impulsivo e desonesto.
Impressionado com aquela inexplicável diversidade de gênios, Ganesha foi procurar um sábio, um eremita de incontáveis virtudes, e consultou-o:
Tenho quatro filhos, que foram educados por mim da mesma forma, com exemplos idênticos e orientados por iguais ensinamentos.
E agora que estão crescidos, o que vejo?
Cada um deles tem um caráter, um gênio.
Como se explica isso, essa diferença entre criaturas que beberam a mesma água, comeram o mesmo arroz, viveram sob o mesmo teto e ouviram as mesmas preces e conselhos?
O sábio levou Ganesha a uma sala ampla, onde havia apenas uma mesa quadrada de ferro e sobre ela estavam colocadas quatro bolas escuras.
Está vendo estas bolas, meu amigo? São rigorosamente iguais na forma, no tamanho, na densidade e na cor, certo?
Sim, poderia jurar que as quatro bolas são iguais.- Respondeu Ganesha.
Pois, bem, as aparências enganam, disse o sábio.
Atire uma a uma, com a mesma força, com o mesmo impulso, de encontro àquela parede.
Ganesha obedeceu, atirando a primeira bola, a qual, com o choque, achatou-se e caiu disforme.
Tomou, a seguir, a segunda bola e arremessou-a à parede, exatamente como fizera com a primeira.
Ao chocar-se com a parede, ficou pregada no lugar em que havia batido e dali não se desprendeu.
A terceira, ao ser lançada como as anteriores, bateu na parede e saltou de novo, perfeita, como se fosse movida por estranha mola segura e firme.
A quarta e última bola, arrojada à parede, deu um estalido forte e fragmentou-se em vários pedaços, que saltaram para todos os lados, ameaçadoramente.
Estas quatro bolas – disse o sábio – são como os filhos de um mesmo pai.
Parecem iguais, mas cada qual tem um caráter, um feitio.
A primeira bola, que bateu na parede e caiu como um molambo, é o filho inútil, moleirão.
O filho teimoso, obstinado, está representado pela segunda bola, que permanece agarrada à parede.
A terceira bola é o filho prestativo e bom que salta radiante para voltar às mãos do pai e servir de novo.
A última bola é a imagem do filho desmancha-prazeres, violento e impulsivo.

*   *   *

Cada ser carrega dentro de si uma bagagem diversa daqueles que o cercam.
Por isso, filhos de um mesmo pai, criados da mesma forma e a quem foram oferecidas as mesmas oportunidades, apresentam-se tão diferentes.
São Espíritos com histórias, conquistas e dores diversas.
Compete àqueles que têm a função de educar ou orientar crianças ou jovens, atentar para essa inegável realidade.
E tirar proveito desse fato que pode servir de recurso de crescimento e progresso para todos aqueles que se encontram agora reunidos, por justas razões, não ignoradas pela Providência Divina.




                                                                    Redação do Momento Espírita

sábado, 26 de dezembro de 2015

Por que as pessoas estão sempre tristes?





O garoto norte-americano Jaden Hayes temseis anos e vários motivos para estar triste: ficou órfão de pai aos quatro anos e sua mãe morreu recentemente, vítimade um mal súbito.
Apesar disso, não são lágrimas que vemos no rosto do pequeno que, mesmo sentindo falta dos pais, abraçou a missão diária de fazer as pessoas sorrirem.
Porque as pessoas estão sempre tristes?,Perguntouà sua tia, Barbara, com quem vive atualmente.
Na intenção de coletar sorrisos e espalhar alegria por onde passa, ele teve a ideia de comprar patinhos de borracha e outros pequenos brinquedos e entregá-los a pessoas que estejam com expressão triste.
Ele queria que as pessoas sorrissem. Então, me perguntou como poderíamos fazer isso, afirmou ao Daily Mail a tia, que aceitou comprar uma sacola cheia de brinquedos e acompanhar Jaden em passeios pelo centro de Savannah, na Geórgia, onde moram.
Ao entregar o brinquedo às pessoas, elas geralmente perguntam do que se trata e o menino explica: É para você sorrir!
Não há quem resista à proposta e ao sorriso encantador que recebem do garoto.
As reações são diversas, mas algumas em especial tocam profundamente quem presencia o gesto espontâneo.
No projeto, chamado de Smile Experiment, Jadenjá conquistou cerca dequinhentos sorrisos e tem uma meta ambiciosa: trinta e três mil outros até o fim do ano.
Em entrevistas, o menino expressa que sofre e sente muito a falta da mãe, mas vê-se claramente que tem aprendido a conviver com essa dor de uma forma toda especial.
A tia afirma que os sorrisos que ele recebe e os abraços que dá, têm-lhe feito muito bem, nesse processo de lidar com a falta dos pais.
Uma lição para todos nós, certamente.

*   *   *

Por que as pessoas estão sempre tristes?Foi a indagação desse coração bravo e inspirado.
Por que nos deixamos abater tão facilmente pelos problemas do dia a dia, a ponto de um pequeno acontecimento, uma discussão, uma frustração nos gerar um estado de desânimo e de tristeza?
Por que valorizamos tanto as razões para chorar, se as razões para sorrir são tão numerosas na vida?
Por que carregamos o cenho fechado, os olhos preocupados, como se viver fosse um grande fardo?
Muitos temos questões sérias para lidar, enfrentamos desafios difíceis na família, no sustento material.
Porém, será que a existência é apenas isso? Será que não é possível viver um pouco melhor mesmo com todas essas batalhas diárias?
Sim. É possível. Contudo, não existem fórmulas mágicas, segredos revelados apenas para uns ou outros.
Cada um deverá encontrar forças na intimidade de seu ser.
Alguns sairão por aí atrás de sorrisos, entendendo que quanto mais damos, mais recebemos, e maior felicidade acumulamos.
Perceberão que quando nos ocupamos em fazer o outro feliz, automaticamente encontramos nossa quota de felicidade e consolo para nossos flagelos.
Outros encontrarão base segura na ligação com uma forma maior, entendendo que o Universo é regido por leis perfeitas e que esse a Quem chamamos Pai, é uma inteligência profundamente amorosa.
Outros ainda reconhecerão esses dois grandes apoios como fundamentais para seguir em frente.
Finalmente, haverá dia em que a tristeza cederá lugar à alegria constante, pois nosso coração estará repleto de amor.


                  
                                                                    Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Um Presente Inesquecível




Linda tinha sete anos, quando ouviu sua mãe comentar com uma de suas amigas que, no dia seguinte, faria trinta anos.
Jamais Linda soubera que sua mãe fazia aniversário. Também nunca a vira ganhar um presente.
Por isso, foi até seu cofrinho, juntou todas as moedinhas e se dirigiu à loja da esquina.
Procurou um presente que pudesse se encaixar naquele preço. Havia bibelôs, mas ela pensou que sua mãe teria que espaná-los todos os dias.
Havia caixinhas de doces, mas sua mãe era diabética.
Finalmente, conseguiu comprar um pacote de grampos de cabelo.
Os cabelos de sua mãe eram longos e escuros. Ela os enrolava duas vezes na semana e quando os soltava, ficava parecendo uma artista de cinema.
Em casa, linda embrulhou os grampos em uma página de histórias em quadrinhos do jornal, porque não sobrara dinheiro para papel de presente.
Na manhã seguinte, à mesa do café, entregou o pacote à sua mãe e disse: Feliz aniversário, mamãe!
Em silêncio, entre lágrimas, a mãe abriu o pacote. Já soluçando de emoção, mostrou ao marido, aos outros filhos: Sabem que é o primeiro presente de aniversário que recebo na vida?
Beijou a filha, agradecendo e foi para o banheiro lavar e enrolar os cabelos, com os grampos novos.
Quando a mãe saiu da sala, o pai aproximou-se de Linda e confidenciou: Linda, quando eu era menino, lá no sertão, não nos preocupávamos em dar presentes de aniversário para adultos. Só para as crianças.
E, na família de sua mãe, eles eram tão pobres que nem isso faziam. Mas você me fez ver, hoje, que isso precisa mudar. Você inaugurou uma nova fase em nossa vida.
Depois desse dia, a mãe de Linda ganhou presentes em todos os seus aniversários.
Os filhos cresceram. As condições da família melhoraram.
Então, quando a mãe de Linda completou cinquenta anos, os filhos todos se reuniram e lhe compraram um anel com uma pérola rodeada de brilhantes.
Programaram uma festa e o filho mais velho foi quem, em nome dos irmãos, entregou o anel.
Ela admirou o presente e mostrou a todos os convidados.
Não tenho filhos maravilhosos? - Ficava repetindo de um em um.
Depois que todos os convidados se retiraram, Linda foi ajudar na arrumação.
Estava lavando a louça na cozinha, quando ouviu seus pais conversando na sala.
Bem, dizia o pai. Que lindo anel seus filhos lhe deram. Acho que foi o melhor presente de aniversário de sua vida.
Depois de um breve silêncio, Linda ouviu a voz de sua mãe responder docemente:
Sabe, Ted. É claro que este anel é maravilhoso. Mas o melhor presente que ganhei, em toda minha vida, foi aquela caixa de grampos. Aquele presente foi inesquecível.
*   *   *
Os atos que colocam colorido especial nas vidas são pequenos, silenciosos, e podem se manifestar a qualquer tempo.
É suficiente querer, usar a imaginação e deixar extravasar o coração.
Se você nunca brindou alguém com flores, com um cartão escrito de próprio punho; se você nunca surpreendeu alguém com uma festa surpresa, um presente inesperado, tente hoje.
Hoje é sempre o melhor tempo para começar o que é bom, novo e portador de felicidade.



                                                                  Redação do Momento Espírita

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Vocês Não Terão o Meu Ódio




O mundo assistiu, estarrecido, na sexta-feira, 13 de novembro de 2015, aos atentados na cidade de Paris, na França.
As cenas pareciam irreais, tal a violência e a crueldade. Quem ligasse o aparelho de TV, de rompante, poderia pensar se tratar de um filme.
As vítimas, que somaram mais de uma centena, eram pessoas que se encontravam em lugares de lazer: amigos, familiares, colegas.
Quem poderia esperar que, no coração da capital francesa, se pudesse desenrolar drama de tal intensidade?
O saldo foi de lágrimas, de desespero, de providências por uma nação que se viu enlutada, chorando seus filhos.
Antoine Leiris, um jornalista do France Fleu, cuja esposa foi uma das vítimas, redigiu emocionante homenagem à esposa, morta no atentado a uma casa de espetáculos.
Dirigindo-se aos terroristas, escreveu:
Na noite de sexta-feira, vocês roubaram a vida de uma pessoa excepcional, o amor da minha vida, a mãe do meu filho. Mas vocês não terão o meu ódio.
Não sei quem vocês são e não desejo saber. São almas mortas. Se esse Deus pelo qual vocês matam cegamente nos fez à Sua imagem, cada bala no corpo da minha mulher foi uma ferida no Seu coração.
Por isso, eu não odiarei vocês. Porque responder ao ódio com raiva seria ceder à mesma ignorância dos agressores.
Vocês pretendem que eu tenha medo, que olhe para os meus concidadãos com olhar desconfiado, que sacrifique a minha liberdade pela segurança. Perderam. O mesmo jogador continua a jogar.
Eu vi minha esposa somente nesta manhã. Finalmente, depois de noites e dias de espera. Ela ainda estava tão bela como quando partiu na noite de sexta-feira.
Tão bela como quando me apaixonei perdidamente por ela há mais de doze anos.
Claro que estou devastado pela dor. Concedo a vocês esta pequena vitória. Mas será de curta duração porque sei que minha esposa vai me acompanhar a cada dia e que nos vamos reencontrar no paraíso das almas livres.
Nós dois, meu filho e eu, vamos ser mais fortes do que todos os exércitos do mundo. Não vou lhes dar do meu tempo.
Quero juntar-me a Melvil, que acorda da sua sesta. Ele só tem dezessete meses. Vai comer como todos os dias.
Depois vamos brincar como fazemos todos os dias e, durante toda a sua vida, esse garoto vai fazer a afronta de ser feliz e livre.
Tudo isso porque vocês nunca terão o seu ódio.

*   *   *

A carta, com certeza, nos emociona, toca-nos o coração. E nos remete a reflexões: como agiríamos ou reagiríamos nós?
Teríamos a mesma capacidade de retomar a vida e, sobretudo, ensinar o filho a amar?
É preciso ser grande para não se permitir envolver pela indignação ante a onda de violência. Porque da indignação ao ódio, a linha é muito tênue.
É preciso ter nobreza n’alma para não se deixar contaminar pelo desejo de vingança.
É preciso ter a certeza de que ninguém morre, de que a vida pode ser interrompida, mas os laços do amor não são destruídos pela ausência física, para se erguer e prosseguir a jornada.
É preciso ser paciente para aguardar o reencontro que pode ser logo mais, ou depois de dezenas de anos. Quem sabe? Somente a Divindade.



                                                                                                                 Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Deus Ama Vocês




No espaço de alguns anos, a família Bice tinha recebido mais do que um quinhão de sofrimento.
O motor do carro de Perry fundiu. Um incêndio destruiu a casa em que morava a família. E ele perdeu o emprego.
Problemas mais graves logo vieram se somar a esses. Os especialistas conseguiram diagnosticar o que havia de errado com a filha caçula.
Ela sofria de um distúrbio genético e morreu logo após o diagnóstico.
A mesma doença foi diagnosticada na filha mais velha. E na outra. Somente dois dos filhos eram sadios.
Durante meses, o casal observou a doença destruir a vida das suas crianças.
Perry sentia, por vezes, revolta contra Deus. Contudo, logo retornava às preces, junto com a esposa, Kathrine, acreditando que Deus deles cuidava com carinho.
Duas semanas antes do Natal, um homem, que se identificou apenas como chefe de um grupo de voluntários, foi ao apartamento deles.
Perguntou se podia levar presentes para as crianças. O casal concordou. Elas iriam adorar a surpresa.
O que a família não sabia é que aquele grupo de voluntários se deslocara até a casinha que o casal conseguira comprar recentemente.
Perry estranhara que, mesmo tendo fechado o negócio, dois dias antes, não recebera a chave.
É que o corretor de imóveis fora procurado pelos voluntários.
E o carpete velho foi retirado e novos tapetes foram colocados. Vinte e seis voluntários passaram uma demão de tinta nas paredes.
Horas depois, outros vinte e seis deram a segunda demão. Oito carpinteiros pregaram portais e rodapés. Uma equipe construiu uma rampa para cadeira de rodas.
Os presentes foram embrulhados. Uma árvore de Natal foi enfeitada.
Um dos voluntários doou uma van adaptada para cadeira de rodas, que foi deixada na frente da casa, com um enorme laço de fita vermelha e dourada.
Alguns outros doaram várias prestações da hipoteca da casa.
Cada prestação foi presa a um bilhete pendurado nos galhos da árvore.
Na manhã de Natal, uma menina de onze anos bateu à porta dos Bice e lhes entregou uma chave, sem nada dizer. Somente sorriu e se foi.
Perry pensou: Talvez eles tenham deixado os presentes na casa nova.
Pegou a esposa e os filhos e foi para lá.
Quando abriram a porta, mal puderam acreditar nas paredes iluminadas pelo sol, nos pisos e tapetes novos.
As luzes da árvore os atraíram. Viram, então, as prestações quitadas da hipoteca, pendendo dos galhos.
O menino de nove anos não conseguia entender porque o pai chorava tanto.
Perry se afastou e tornou a olhar para a árvore de Natal. Foi quando notou um envelope apoiado num galho. Abriu.
Ali estava um último gesto de carinho: um cartãozinho, onde haviam sido impressas, em letra cursiva, três palavras preciosas: Deus ama vocês.

*   *   *

Cada criatura, na Terra, pode se tornar um mensageiro de Deus, estendendo a mão ao seu irmão.
O Natal é a mais excelente das oportunidades para exercitar essa possibilidade de participar da construção de um mundo melhor, doando a pequena cota de seu amor, para que alguém se torne um pouco mais feliz.
Não deixe escapar essa chance, porque você pode fazer a grande diferença, na vida de alguém.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Movimento Pela Paz



Muitos homens têm dedicado suas vidas para uma cultura de paz e não violência.
Instituições religiosas e escolas têm promovido concursos, caminhadas, encontros em prol da paz.
Muita gente pensa que isso é coisa de sonhador, uma missão impossível.
Contrariando o pessimismo desses, o mundo de paz vem sendo construído a pouco e pouco.
Multiplicam-se pelo planeta homens, mulheres e crianças decididos a realizar o sonho.
A UNESCO, criada em 1945, e cujo objetivo é a promoção da paz e dos direitos humanos, prescreve, em seu ato constitutivo: Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz.
No ano 2000 lançou o manifesto, de cuja elaboração participaram reconhecidos defensores da paz e que formaliza o convite ao seguinte compromisso:
Eu me comprometo em minha vida cotidiana, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região, a:
Respeitar a vida – respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;
Praticar a não violência de forma ativa, rejeitando a violência em todas as suas expressões: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
Ser generoso - compartilhar o meu tempo, meus recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;
Ouvir para compreender – defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e o rechaço ao próximo;
Preservar o planeta – promover um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;
Redescobrir a solidariedade – contribuir para o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, com o fim de criar novas formas de solidariedade.
A fórmula não é nova, somente revestida de roupagem atual. O convite à paz se faz insistente, desde os dias da Galileia.
A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou. Eu não a dou como a dá o mundo...
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.
Não resistais ao mal que vos queiram fazer...

*   *   *

Ainda sonho, dizia Martin Luther King, Jr., que um dia a guerra chegará ao fim, que os homens transformarão as espadas em arados e as lanças em machados.
As nações não mais se levantarão contra outras nações, nem se estudará mais a arte da guerra.
Sonho que com fé, apressaremos a chegada do dia em que haverá paz na Terra e boa vontade para com todos os homens.
Será um dia de glória.
As estrelas da manhã cantarão em coro e os filhos de Deus gritarão de alegria.
Transformemos o sonho em realidade.

           
                                                                  Redação do Momento Espírita

Ele Confia...




Quando um Espírito decide por retornar ao cenário terrestre, um planejamento se faz. Seu anjo de guarda e aqueles interessados em seu progresso, em sua felicidade, o assessoram, nessa tarefa.
Alguns preparam programas muito bem elaborados, caso venham à Terra para grandes missões, questões que objetivem o bem maior, revoluções do pensamento, das artes, da ciência.
Outros vêm com planos mais gerais. Mas, ninguém simplesmente nasce como obra do acaso, ou de simples descuido, conforme costumamos afirmar, algumas vezes.
Nesse planejamento se encontra, primordialmente, a escolha dos pais. Quem o receberá, no planeta terrestre, quem o aninhará em seu seio, alimentando-o, até o momento de renascer no cenário do mundo.
Quem lhe será o protetor dos primeiros dias, da infância, quem o guiará, com mão forte, através dos anos, até poder andar por si mesmo e crescer, no rumo da luz.
Que doce encantamento não deve envolver quem assim se prepara. É uma nova chance de progresso, de vida no abençoado planeta azul, nosso lar de tantas e tantas vidas reprisadas, revividas.
Então, nasce o pequenino e se entrega confiante, esperando que a mãe que o acolheu em sua intimidade, por meses, o amamente, com amor.
E quando o faça, tenha olhos para ele, dizendo-lhe sem palavras: Querido filho, eu te amo! Sorve de minha seiva.
Ele aguarda que ela lhe seja o esteio. Enquanto se alimenta, ouve o coração daquela que o gestou e nela confia.
Confia que ela o proteja, lhe providencie o agasalho, o conforto. Que ela o leve nos braços como quem carrega um tesouro frágil, uma joia de subido valor, um cristal valioso.
Ele confia que o pai o receba em seus braços, lhe acompanhe o desenvolvimento, dia a dia. Que lhe ampare os primeiros passos, que o conduza pela mão, pelos caminhos do mundo. Ele espera, ele confia.
Por sua vez, a Divindade, igualmente confia que Seus filhos, a quem elegeu pai e mãe, exercerão o seu papel junto ao ser que envia, indefeso e pequeno, aos seus cuidados.
Cuidados que vão além das questões materiais do alimento, agasalho, abrigo. Questões que têm a ver com o sentimento, com o desabrochar de emoções de gerar uma outra vida, de passar suas experiências nobres ao ser que chega.
Questões que falam de amor demonstrado em pequenos gestos, em um olhar, um abraço, um aperto de mão.
Tudo isso que se expressará em acompanhamento do filho, incentivando-o a enfrentar os desafios de ficar em pé, andar, correr, dominar o próprio corpo.
Acompanhamento que observará cada conquista e a elogiará, dizendo-lhe que ele pode um tanto mais. E mais.
Acompanhamento que lhe dirá do certo e do errado, nos rumos da educação, que o brindará com exemplos de honestidade, dignidade, trabalho, possibilitando-lhe se tornar cidadão honrado, onde quer que venha a atuar, no mundo.
Sim, esse Espírito confia em você, pai, mãe.
Deus confia em cada um de nós, a quem estabelece a missão da paternidade e da maternidade.
Estejamos atentos. Tenhamos os olhos postos nessa preciosidade com que a Divindade nos honrou o lar: nosso filho.
Não o percamos de vista, mesmo à distância. Ofertemos-lhe nosso amor, nossa ternura, auxiliemo-lo a vencer os obstáculos, tenhamos a alegria de vê-lo prosperar, crescer material e espiritualmente.
É nosso filho! Confia em nós.


                                                                 Redação do Momento Espírita