domingo, 30 de junho de 2013

Enriqueçamo-nos de Amor


Enriqueçamo-nos de amor e sirvamos sempre...

O dinheiro pode ajudar muitíssimo, mas só o coração aberto ao esplendor solar do Bem pode amparar, libertar, erguer, salvar e aperfeiçoar para sempre.

A dificuldade alheia é uma sugestão de fraternidade e carinho.

Trabalhe com alegria.

Faça o Bem quanto possa.

Estime a simplicidade.

No calor do serviço, a sombra se desfaz.

Não duvides que além da carne, em cuja protetora vestimenta agora estagias, outros círculos aguardam-te o cérebro e o coração.

Esforcemo-nos por encontrar a “parte melhor” onde estivermos.

O Sopro Divino alenta na Criação todas as cousas e todas as criaturas.

Cada dia é nova revelação do Senhor para a existência!...


Emmanuel / Chico Xavier

sábado, 29 de junho de 2013

Colhendo Benefícios da Dor


Quando o sofrimento chega, fustigando a alma; quando a dor se apresenta como tempestade impiedosa, destruindo sonhos e planos, normalmente reagimos muito mal.
Deixamos que a revolta nos abrace e externamos em palavras e atos o que nos vai n´alma por ver destroçados nossos sonhos.
Alguns de nós descambamos para o desespero insano. Deixamos de viver, abandonamos emprego, amigos... Isolamo-nos em nós mesmos, seguros de que não há, no mundo, sofrimento que se equipare ao que nos dilacera a alma.
No entanto, para algumas pessoas, o sofrimento age de forma diversa. Eles buscam soluções, não se permitindo considerar vencidos, enquanto não forem esgotadas todas as possibilidades.
Seja o problema a enfermidade, o abandono, o desemprego, eles prosseguem em frente.
E, além de não se entregarem ao desespero, encontram forças para auxiliar outros que descobrem em igual sofrimento.
Na sua dor, tornam-se mais sensíveis às dores alheias, aguçam os sentimentos da alma e ouvem os soluços de quem padece tanto ou mais que eles próprios.
Assim foi com o casal Beira, cujo filho, aos dezessete meses, foi diagnosticado com um tumor cerebral. Dali em diante foram cirurgias e quimioterapia se sucedendo.
Aos dez anos, Francesco passou a andar em cadeira de rodas, perdeu a fala e precisou de uma traqueostomia para respirar.
Os dias, as semanas e os meses se sucediam entre idas ao hospital e alguns retornos para casa.
Então os pais decidiram mantê-lo em casa, montando ali todo o aparato de uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI. Desejavam que ele tivesse paz.
Francesco foi envolvido pelo amor da família: as duas irmãs, o pai, a mãe.
Partiu tranquilo, num domingo, enquanto seu pai e uma das irmãs seguravam cada uma das suas mãos. Os batimentos cardíacos começaram a cair lentamente, até cessarem.
Algumas lágrimas rolaram dos olhos do pai mas, olhando a serenidade do rosto do filho, orou.
*   *   *
A morte é sempre representação de uma separação, por breve que seja. Por isso mesmo, dolorida.
Dizem os médicos que mais difícil do que a de um adulto é aceitar a morte de uma criança. Ela é promessa e a perspectiva é que cresça, se desenvolva, se torne jovem e adulta.
Pois os pais de Francesco, após a sua morte e em sua homenagem, transformaram sua dor em benefício.
Associando-se a uma ONG, que atende crianças com câncer, eles optaram por fundar em São Paulo um Hospice, um abrigo pediátrico de cuidados paliativos.
Será o primeiro do país, nessa proposta da área médica de atenuar o sofrimento e aumentar a qualidade de vida de pacientes desenganados.
Boa parte dos recursos para essa obra foram bancados pelos pais de Francesco que doaram, após a morte dele, os recursos da poupança do filho.
Conforme falou o pai, foi um jeito de dar sentido à experiência vivida.
*   *   *
Sim, há muitas formas de sofrer. Bem sofrer é passar pela experiência dolorosa e ainda encontrar forças para minorar alheias dores.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Choro da Estrela


Conta uma lenda que, certo dia, caminhava Deus, sossegadamente, pelo Universo.
Contemplava a Sua criação, verificando se tudo estava correndo bem.
Em certo ponto de Sua caminhada, deparou com uma estrela, num choro convulsivo.
Aproximou-se e com Seu carinho de Pai, perguntou: Por que você chora, minha filha?
A estrela, em pranto, mal conseguia falar:
Sabe, meu Pai, estou triste. Não consigo achar uma razão para a minha existência. O sol, com todo o seu brilho, fornece calor, luz e energia. Serve especialmente ao planeta azul e as pessoas ali o esperam todos os dias, alegrando-se com o seu surgimento.
As estrelas cadentes alimentam os sonhos dos românticos que as contemplam, maravilhados.
Os cometas geram dúvidas e mistérios, movimentando cientistas de todo lugar para os estudar e analisar. Todos são importantes. Todos, menos eu. Eu fico aqui parada, sem utilidade nenhuma.
Deus ouviu tudo atentamente. Com paciência, decidiu explicar para a estrela os porquês de sua existência.
Porém, nesse instante, uma voz interrompeu o diálogo. Era uma voz que vinha de longe, uma voz infantil.
Era uma criança, que caminhava com sua mãe, em um dos planetas da região.
A criança dizia: Veja, mamãe! O dia já vai nascer!
A mãe ficou um tanto confusa. Como podia uma criança que mal sabia as horas, saber que o sol logo nasceria, se tudo ainda estava escuro?
Como você sabe disso, meu filho?
E a criança alegre respondeu: Veja aquela estrela, mamãe! Papai me disse que ela anuncia o novo dia.
Ela sempre aparece um pouco antes do sol, e aponta o lugar de onde o sol vai sair.
Ouvindo aquilo, a estrela se pôs a chorar. Mas de emoção.
Não era mais preciso que Deus lhe explicasse o motivo da sua existência. Como tudo o que Ele criou, ela também tinha uma razão de ser.
Era a estrela que anunciava o novo dia. E com o novo dia, se renovam sempre as esperanças, os sonhos.
Ela servia para orientar os homens, indicando-lhes o caminho a percorrer.
Quando a vissem, eles poderiam ter certeza que logo mais o sol surgiria, abrilhantando tudo, espancando a escuridão da noite, secando as estradas da chuva torrencial das horas anteriores, aquecendo as manhãs frias.
A estrela, sentindo-se imensamente útil, encheu-se de felicidade e brilhou com mais intensidade.
Descobrira, enfim, como ela era importante e indispensável ao ciclo da vida.
*   *   *
Todos temos uma razão para existir, mesmo que ainda não a tenhamos descoberto.
Alguns nascem para ser estrela de outras vidas, orientando-as na caminhada.
Outros nascem para iluminar estradas, conduzir mentes, acalentar corações.
Muitos nascem para ser o suporte de outros, em sua trajetória de glórias e sucessos.
Se você ainda não descobriu porque está na Terra, eleja a si próprio estrela de luz e comece a semear amor e espalhar alegrias ao seu redor.
Assim, você iluminará a sua própria vida, iluminando todos que estão à sua volta.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo O choro da estrela, de autoria desconhecida

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Deus Nosso Pai


A pedra sonha com a sensação de planta.
A árvore aspira o instinto animal.
O selvagem candidata-se à luz da razão.
O homem deseja para si o brilho do anjo.
E o anjo entrevê a celeste escalada de posições que ainda lhe cabe atravessar no rumo da integração com a Munificência Divina...

Seres em crescimento, tão distantes da sublimação, quanto o orangotango ainda se encontra longe de nós, na insignificância de nossas aquisições e valores, qualquer definição de Deus nos escapa por insuficiência de percepção e compreensão...
Espíritos humanos em desenvolvimento, no corpo físico ou fora dele, não podemos trair a posição em que nos situamos, competindo-nos, por agora, não a intenção passageira de compreender o Plano do Universo, mas sim a obrigação de acatar-lhe os desígnios, abraçando o serviço que a Lei nos reserva no campo de aperfeiçoamento que nos cabe lavrar.
Seria temeridade de nossa parte desafiar a Divina Sabedoria com qualquer classificação de seus atributos.
Ainda assim, se buscamos exata notícia do Criador, adotemos a de Cristo que O revelou na posição de “Nosso Pai”.
Nosso Pai que nos provê de recursos em todas as necessidades e que se acurva amoroso e solícito na proteção para todas as criaturas...



Emmanuel / Chico Xavier

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Compreensão


Sem a humildade não há progresso possível.

Todo o trabalho humano – serviço nosso na obra do Cristo – não pode apresentar características de perfeição absoluta.

O Mestre, porém, aceita-nos a boa vontade no esforço da cooperação sincera e estende-nos mão forte, sempre que a perseverança na Luz e no Bem vibre em nossas atitudes.

Continuemos, desse modo, atentos aos nossos deveres.

Indispensável acordar vossas energias interiores com Cristo que nos renova a ser, marchando ao encontro da Vida Maior.

Quem te enviou ao trabalho da Terra está observando o teu esforço.

A vida é um cântico em todos os lugares.

Cada ser é uma nota da Sinfonia Universal.

Não firas a harmonia com a maldade ou com o lamento...


Emmanuel / Chico Xavier

terça-feira, 25 de junho de 2013

Ser Um Homem


Qual será a melhor definição de ser um homem? Para alguns, ser um homem significa muitas conquistas e é o que a mídia passa como verdade, nos dramas das novelas, nos programas de variedades e nas revistas semanais, que as bancas exibem às dezenas.
Importante também ter um bom carro, porque as mulheres apreciam andar no último tipo, na cor da moda, no mais elegante.
Quem sabe ter um iate, a possibilidade de férias regulares no Exterior, em lugares que mais parecem irrealidade de tão maravilhosos.
Ser um homem é gozar do prestígio dos seus pares, sendo considerado um profissional de destaque, mesmo que não se queira saber a que preço galgou os degraus de tal sucesso.
Ser um homem é ter dinheiro para ser independente e mandar no seu próprio nariz, indo e vindo para onde bem deseje, sem dar satisfações a quem quer que seja.
Ser um homem...
Bom, existem muitos outros conceitos que variam, de acordo com a época, as circunstâncias, os valores locais.
Contudo, um conceito que transcende o tempo, a sociedade, que é válido em qualquer país, em qualquer época, é o que o poeta Rudyard Kipling sintetizou nos seguintes versos do seu poema Se:
Se você é capaz de manter a calma quando todos ao seu redor já a perderam e o culpam por isso;
Se você é capaz de confiar em si mesmo quando todos estão duvidando, mas levar em consideração essa desconfiança;
Se você é capaz de esperar e não se cansar da espera;
Ou, ao ser vítima de mentiras, não mentir para se defender;
Ou, sendo odiado, não deixar se levar pelo ódio;
E ainda assim não parecer bom demais, nem muito sábio;
Se você pode sonhar sem deixar que os sonhos o dominem;
Se pode pensar sem deixar que o pensamento seja o seu único objetivo;
Se pode lidar com o triunfo e a desgraça, esses dois impostores, da mesma maneira;
Se pode aguentar a dor de ouvir a sua verdade ser transformada em mentira para enganar os tolos;
Ou ver destruídas todas as coisas que você dedicou a vida para construir, e empenhar-se em refazê-las com os poucos recursos que lhe restam;
Se é capaz de forçar seu coração, nervos e músculos exaustos a servirem seus objetivos, e a persistir quando nada mais há em você senão sua vontade que lhe diz: “Prossiga”;
Se você pode falar às multidões sem perder sua virtude, ou estar entre reis sem perder a sua naturalidade;
Se nem seus inimigos nem seus melhores amigos podem lhe fazer mal. E se todos podem contar com você, mas ninguém depende de você;
Se você é capaz de se dedicar os sessenta segundos de cada minuto ao trabalho então, a Terra será sua, com tudo o que existe no mundo;
E você, o que é mais importante, será um homem, meu filho!
*   *   *
Jesus, superando todos os limites do conhecimento, fez-se o biótipo do homem integral, por haver desenvolvido todas as aptidões herdadas de Deus, na condição de Ser mais perfeito de que se tem notícia.

Toda a Sua vida é modelar, tornando-se o exemplo a ser seguido, para o logro da plenitude, de quem deseja libertação real.

Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Abstenha-se


Abstenha-se de fixar as deficiências do companheiro e procura destacar-lhe as qualidades nobres, nas quais se caracterizem de alguma forma.
Examina o bem, louva o bem e estende o bem quanto puderes.
A paz pode passar a residir hoje mesmo em nosso campo íntimo. Basta lhe ofereçamos o refúgio da compreensão e isso depende unicamente de nós.
Se te encontras na condição de peça na engrenagem de hoje, a que se acolhem tantas criaturas aflitas, não te entregues ao luxo do desânimo e, sim, trabalha servindo sempre. É preciso aprender a suportar os revezes do mundo, sem perder a própria segurança.
Haja o que houver, trabalha na edificação do bem e segue adiante.
Dor, na maioria das vezes, é o tributo que se paga ao aperfeiçoamento espiritual.
Dificuldade mede eficiência.
Ofensa avalia a compreensão.
A própria morte é nova forma de vida.
Resiste aos movimentos que tendam a desfibrar-te a coragem e mantém-te de pé na tarefa a que a vida te buscou.

Recorda que tudo se altera para o bem.

Emmanuel/Chico Xavier

domingo, 23 de junho de 2013

Somos Maioria


Nunca antes na Humanidade houve tantas pessoas fazendo o bem e amando o próximo como em nossos dias.
À primeira vista, a frase parece fora de contexto e mesmo alienada das coisas que vemos.
Temos a impressão de que todos estão fazendo o mal, que poucos são honestos, que ninguém respeita o próximo.
Vemos as notícias na televisão, lemos manchetes nos jornais, escutamos conversas no trabalho e na condução.
Tudo parece convergir e se dirigir para a maldade, para o prejuízo alheio, para gerar dificuldades.
Porém, o que ocorre é que escutamos meias verdades, ou às vezes um pedaço bem pequeno de verdade e, apenas com isso, concluímos ser o todo.
O que não vemos nos noticiários são os milhares de heróis anônimos que ganham sua vida no trabalho honesto e que, com responsabilidade, criam os seus filhos.
Não é notícia as mães e os pais que velam horas a fio o sono de seus filhos para terem certeza que estão bem; que acompanham seus deveres escolares e os educam com amor e carinho.
Poucos comentam a respeito da multidão de voluntários que dedicam horas e horas para minimizar dores, dificuldades e problemas do próximo que, na maioria das vezes é alguém desconhecido. E tudo isso fazem pelo prazer de ajudar.
Esquecemos que se há muitos que transgridem as leis, nunca tivemos tanta proteção legal para as crianças, os idosos, as mulheres e tantas outras minorias na sociedade.
Se ainda existem políticos que não honram seus cargos e missões públicas, há muitos funcionários públicos que trabalham além do que seus contratos preveem, pelo ideal de melhorar a vida da população.
São inúmeros os pesquisadores e cientistas, que dedicam suas vidas para solucionar problemas, encurtar distâncias, salvar vidas, oferecer conforto e bem-estar a todos.
Debruçam-se nos laboratórios, utilizando-se de sua inteligência e ciência, no ideal de conseguir algo que beneficie a Humanidade.
Esquecemos que incontáveis são os médicos, professores, ou ainda garis e pedreiros, que cumprem muito mais que sua missão e seu dever profissional.
São muitos aqueles que se doam generosamente, que oferecem o melhor que possuem, para também contribuir por um mundo melhor.
Há muito mais pessoas honestas que desonestos no mundo. Há muito mais bondade que maldade no coração da maioria de nós. Há muito mais pessoas fazendo o bem do que prejudicando.
Assim, ao olharmos nossa sociedade, lembremos que não estamos sós nem somos minoria aqueles que fazemos o bem, que somos honestos e idealistas.
Apenas somos, aparentemente, transparentes uns para os outros.
Não nos vemos, porém, estamos todos agindo para que os dias, um após o outro, tornem-se melhores e mais felizes.
Dessa forma, não devemos jamais desistir do nosso ideal.
Ao nos imaginarmos sozinhos, basta que olhemos para o lado, e logo perceberemos que somos uma grande maioria, uma multidão mesmo aqueles que semeamos o bem, a justiça e a paz nas estradas da vida.

Redação do Momento Espírita

sábado, 22 de junho de 2013

Homens-livros


Benjamin Franklin comparou-se a um livro e, na sua juventude, preparou a inscrição para seu túmulo com os seguintes dizeres: O corpo de Benjamin Franklin, impressor, como a capa de um livro velho ao qual tivessem arrancado as páginas e tirado as letras e o ouro, jaz aqui, comida para os vermes.
Mas o trabalho não terá sido totalmente perdido porque, segundo ele crê, aparecerá mais uma vez, numa edição nova e mais perfeita, corrigida e aumentada por Seu Autor.
Podemos, sim, comparar o Universo a uma imensa livraria e a Terra como sendo uma de suas estantes.
E nós, as criaturas, somos os livros colocados nela. É, por isso, possivelmente, que, da mesma maneira que algumas pessoas compram livros apenas pela beleza da capa, sem pesquisar o índice e o conteúdo, muitas pessoas avaliam os outros pela aparência física, pelo exterior, sem considerarem a parte interna.
Os que assim agem, perdem douradas oportunidades na vida de encontrar verdadeiros amigos e seres preciosos.
Outras procuram livros com títulos sensacionalistas, histórias de terror ou romances profundos.
Também é assim com as pessoas. Existem aquelas que buscam sensacionalismos baratos, dramas alheios ou apenas um romance.
Podemos dizer que somos homens-livros lendo uns aos outros.
Podemos ficar só na exterioridade da capa ou nos aprofundar até as páginas vivas do coração.
A capa pode ser interessante, mas é no conteúdo que brilha a essência do texto.
O corpo pode ter uma bela plástica, mas é o Espírito que dá brilho aos olhos.
Também podemos ler, nas páginas experientes da vida, muitos textos de sabedoria. Depende do que estamos buscando na estante.
Podemos ver em cada homem-livro um texto-Espírito impresso nas linhas do corpo.
Deus, o editor de todos os livros, coloca a Sua assinatura nas páginas do coração, mas só quem lê o interior descobre isso.
Só quem vence a ilusão da capa, que pode ser de várias cores e tamanhos, mergulha nas páginas da vida íntima de alguém e descobre o seu real valor humano e espiritual.
*   *   *
Sejamos todos bons leitores e escritores conscientes.
Que nas páginas de nossos corações, possamos escrever uma história de amor profundo.
Que em nossos Espíritos possamos gravar uma história de amor imortal.
E que, na qualidade de homens-livros, possamos nos tornar leitura interessante e criativa nas várias estantes da livraria-universo, pois somos homens-livros sempre.
A capa, nosso corpo físico, amassa e as folhas podem rasgar. Mas ninguém amassa ou rasga as ideias e os sentimentos de uma consciência imortal.
O que não foi bem escrito em uma vida, poderá ser bem escrito mais à frente, em uma próxima existência ou além.
Mas, com toda certeza, será publicado pela editora da vida, na estante terrestre ou em qualquer outra estante do Universo.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Gratidão à Vida


É possível que você pense que poderia ser mais inteligente e se aborreça com suas limitações pessoais e com os esforços necessários para estudar, aprender, avançar.
Mas talvez nunca tenha pensado naqueles que renascem com profundas limitações na área do intelecto, desconectados da própria mente, imersos nessa ou naquela sequela física, em vidas de resgate e expiação. Talvez esses tenham dificuldades maiores do que as suas.
Você já pensou que poderia ter um corpo mais harmonioso, mais elegante e condizente com os padrões de beleza instituídos.
Mas, talvez nunca tenha pensado naqueles que trazem deformações, mutilações, limitações na veste orgânica, com dificuldades para andar, falar, ouvir ou enxergar. Esses desejariam muito ter o corpo exatamente igual ao seu.
Você já pensou que poderia ter mais dinheiro, morar em uma casa maior, ter um carro da moda ou viajar para países distantes.
Mas, talvez nunca tenha pensado naqueles que vivem da caridade alheia, sem a opção de um trabalho digno para se sustentar, sem garantia de moradia ou de alimentação diária.
Esses, possivelmente, sonhem em ter a casa e o salário que você dispõe.
Você já pensou que sua família é um peso imenso em seus ombros, que gostaria de ter os filhos semelhantes àqueles que você vê em outros lares e ter o cônjuge igual a outros casais que você conhece.
Mas, talvez nunca tenha pensado naqueles que vivem sós, sem família, sem alguém para dizer oi ao chegar em casa, para dividir suas frustrações e seus sonhos, ou para compartilhar a mesa de refeições.
É possível que esses sonhem todos os dias em ter uma família como a sua, problemática e de difícil trato, mas pelo menos teriam seres próximos a quem pudessem entregar o seu amor, compartilhar suas carências.
*   *   *
Muitas vezes sonhamos com outra vida, outro corpo, outros entes queridos, outra trajetória.
Sonhamos com aquilo que, infantilmente, imaginamos nos faria felizes.
Mas, possivelmente, a beleza do corpo nos trouxesse a vaidade desmedida.
A inteligência privilegiada nos tornasse arrogantes e pretensiosos.
O dinheiro em excesso talvez nos conduzisse a vícios e comportamentos comprometedores.
E nos destituirmos da família seria o caminho para o egoísmo e a solidão.
Dessa forma, percebemos que a vida é feita de bênçãos, de oportunidades de aprendizado. Tudo ao nosso redor é aquilo que Deus provê para melhor aproveitarmos a oportunidade da vida.
E os Seus desígnios são de sabedoria e amor irretocáveis.
Assim, ao analisarmos tudo que temos, nosso corpo, nossa condição financeira, nossas capacidades e nossa família, agradeçamos a Deus por tudo isso.
Afinal, de nossa existência, o que nos pertence mesmo é aquilo que podemos guardar no cofre do coração. Tudo o mais é empréstimo Divino para que possamos galgar a estrada rumo à perfeição.
São empréstimos que nos cabe usufruir de forma consciente, deles extraindo o melhor.

Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Perdendo a Alma


Vivemos dias de urgência. Vivemos dias onde o tempo parece escasso, onde os compromissos parecem se multiplicar, onde as necessidades são inúmeras.
Nós nos arvoramos a buscar, correr, alcançar. Sempre com pressa, sempre atrasados, sempre procurando recuperar o tempo perdido.
Na ânsia e na necessidade de viver para o mundo externo, esquecemos de viver também para nosso mundo interno.
Perdemo-nos de nós mesmos nas estradas do mundo. Temos dificuldade para encontrar o endereço de nossa intimidade.
E quando não nos encontramos com nós mesmos, quando vivemos só para o externo, para as necessidades do corpo, quando nossas preocupações são somente físicas, materiais, vamos aos poucos nos embrutecendo.
Esquecidos das necessidades da alma, atrofiamos nossos sentimentos mais sutis, nossa essência mais nobre, e passamos a viver na externalidade do mundo.
A pouco e pouco, as reflexões nobres deixaram de ter espaço em nossa casa mental. Já não mais investimos tempo para apreciar um entardecer ou para reverenciar a tempestade pesada de verão a refrescar um fim de tarde.
A oração deixou de fazer parte de nossos hábitos e as leituras edificantes e enriquecedoras cederam espaço para programas de TV vulgares e superficiais.
Assim, é natural que, aos poucos, vamos nos embrutecendo, vamos perdendo nossas mais nobres capacidades humanas.
A vida passa a ser guiada pelos instintos e pouco espaço há para os sentimentos e para as reflexões mais elevadas.
Não por acaso vamos nos tornando mais violentos, mais reacionários a tudo e a todos.
Passamos a viver como se não trouxéssemos em nós a essência de Deus, como se não fôssemos dEle os filhos diletos.
Deixando-nos levar pelo roldão da vida – é bom que se diga novamente - perdemos o endereço de nós mesmos, perdemos o caminho de nossa intimidade, deixamos de nos encontrar conosco.
A breve tempo, vamos perdendo o contato com nossa essência divina. Como consequência, vamos adoecendo e nos embrutecendo.
Assim, vivemos em sociedade agredindo-nos uns aos outros.
Temos dificuldade para compreender o próximo, preferindo julgar e criticar.
Não conseguimos conviver, com tranquilidade e calma, frente aos desafios da vida, tornando-nos violentos e agressivos.
Já não temos tolerância e calma quando nos deparamos com situações limites, buscando os atalhos das discussões verbais, dos afrontamentos até às raias da agressão física ou do atentado à vida do próximo.
*   *   *
Cansados que estamos de nosso mundo, e sedentos por paz, é necessário que reencontremos nossa essência divina.
Urgente se faz que lembremos que somos um Espírito imortal vivenciando o mundo físico.
Importante que retomemos o hábito da oração, do contato com o Criador e Pai de todos nós.
Imprescindível que dediquemos um tempo, a cada dia, para a meditação, para a leitura nobre, para as coisas que edificam e nos propiciam harmonia íntima.
E fundamental se torna, nesses dias desafiadores, que tenhamos como referência Jesus, modelo e guia na compreensão, na tolerância e no amor ao próximo.

 Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dias de Desafios


Quem de nós não desejaria que a existência transcorresse à semelhança de um rio calmo, onde a barca de nossa vida singrasse por águas tranquilas e serenas?
Todos temos o desejo de que, na vida, os embates não surjam, as dificuldades não se apresentem, e as dores não ocupem espaço em nosso caminhar.
Contudo, viver é muito mais do que atender ao escoar dos dias, ou esperar a velhice chegar e a morte encerre a vida do corpo físico.
Temos o desafio, a cada vez que nascemos, a cada vez que nos vestimos de carne, de que novos aprendizados se façam.
Esse é o propósito da Divindade para conosco: que o corpo físico seja a possibilidade de progresso para a alma.
Assim, naturalmente haverá dias mais amargos em nossa jornada.
Ocorrerão fases em que o peso sobre nossos ombros se avolumará, e os problemas se apresentarão mais complexos.
Passaremos por dias tumultuosos, em que seremos testados em nossos valores, nossa perseverança, nossa fé.
Surgirão situações de grande monta, exigindo que desenvolvamos capacidades morais de que não dispúnhamos ou nem imaginávamos dispor.
Haverá situações nas quais a prova se mostrará mais rude, em que enfrentaremos nossos limites morais, em que bordejaremos o extremo de nossa capacidade.
Nada disso acontecerá, no entanto, sem a plena anuência da Divindade. Nenhuma sem o pleno conhecimento da Providência Divina.
Deus tem total ciência de tudo que nos sucede.
Nada que nos ocorra é inútil ou destituído de alguma razão, mesmo que de momento não consigamos entender o propósito.
Contrariando o adágio popular, podemos dizer que Deus escreve certo por linhas retas.
Nós é que somos, algumas vezes, os míopes que não conseguimos ver o amor e sabedoria de Seus desígnios.
Assim, se os dias se mostram desafiadores, ali está a bondade de Deus nos oferecendo o aprendizado.
Para alguns, o desafio é lidar com o retorno do ser amado à pátria espiritual, deixando o rastro das saudades e uma imensa ausência.
Para outros, é a dor, a doença, as deformidades, as limitações físicas que chegam inesperadamente, provocando desequilíbrio em seus dias.
Para muitos, é a família a se desarticular, pela inconstância de uns, despautério de outros, desestruturando relações de alegria e fraternidade.
*   *   *
Assim é nossa jornada. Feita de desafios e lições.
Quando essas nos chegam, na forma da dor ou da saudade, da doença ou de alguma carência qualquer, é sempre o convite para aprender.
Vistamo-nos de coragem e fé. Enfrentemos o que nos chegue com a serenidade daqueles que entendem os desafios como necessários ao crescimento moral.
E não nos esqueçamos de que teremos sempre Jesus, o Bom Pastor, a nos amparar a todos, cansados e aflitos, em Seu regaço amoroso.
*   *   *
Os desafios existenciais fazem parte da vida. Sem eles, o homem seria destruído pela paralisia da vontade, dos membros, das aspirações, que se transformariam em doentia aceitação dos níveis inferiores do estágio da evolução.
Enriquecer-se com a luz do discernimento elevado é a finalidade essencial da vida.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 11, do livro Vida:desafios e soluções, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco

terça-feira, 18 de junho de 2013

Poema Divino


Pai nosso, que estás no céu, na terra, no fogo, na água e no ar. Pai nosso, que estás nas flores, no canto dos pássaros, no coração a pulsar; que estás na compaixão, na caridade, na paciência e no gesto de perdão.
Pai nosso, que estás em mim, que estás naquele que eu amo, naquele que me fere, naquele que busca a verdade. Pai nosso, que estás naquele que caminha comigo e naquele que já partiu, deixando-me a alma ferida pela saudade.
Santificado seja o Teu nome por tudo o que é belo, bom, justo e gracioso, por toda a harmonia da Criação. Sejas santificado por minha vida, pelas oportunidades tantas, por aquilo que sou, tenho e sinto e por me conduzir à perfeição.
Venha a nós o Teu reino de paz e justiça, fé e caridade, luz e amor. Reino que sou convocado a construir através da mansidão de espírito, reflexo da grandeza interior.
Seja feita a Tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais o meu orgulho do que as minhas reais necessidades.
Ainda que muitas vezes eu não compreenda mais do que o silêncio em resposta às minhas preces, não te ouvindo assim dizer: Filho aguarda, tua é toda a eternidade.
O pão nosso de cada dia me dá hoje e que eu possa dividi-lo com meu irmão. As condições materiais que ora tenho de nada servem se não me lembro de quem vive na aflição.
Pão do corpo, pão da alma, pão que é vida, verdade e luz. Pão que vem trazer alento e alegria: é o Evangelho de Jesus.
Perdoa as minhas ofensas, os meus erros, as minhas faltas. Perdoa quando se torna frio meu coração; quando permito que o mal se exteriorize na forma de agressão.
Que, mais do que falar, eu saiba ouvir. Que, ao invés de julgar, eu busque acolher. Que, não cultivando a violência, eu semeie a paz. Que, dizendo não às exigências em demasia, possa a todos agradecer.
Perdoa-me, assim como eu perdoar àqueles que me ofenderem, mesmo quando meu coração esteja ferido pelas amarguras e dissabores da ingratidão.
Possa eu, Senhor da Vida, lembrar de que nenhuma mágoa é eterna e de que o único caminho que me torna sublime é a humilde estrada da reconciliação.
Não me deixes cair nas tentações dos erros, vícios e egoísmo, que me tornam escravo de minha malevolência.
Antes, que Tua luz esteja sobre mim, iluminando-me, para que eu te encontre dentro de minh’alma, como parte que és de minha essência.
E livra-me de todo o mal, de toda violência, de todo infortúnio, de toda enfermidade. Livra-me de toda dor, de toda mágoa e de toda desilusão.

Mas ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: Obrigado, Pai, por mais esta lição!
Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Guerra e Paz


Todos os esforços deverão ser empreendidos pelos seres humanos, para extinguir, em definitivo, a guerra. Poderá ser pela diplomacia, que abençoa os entendimentos por meio do diálogo, ou através da educação popular.
Pela educação, as criaturas poderão ver todos os inconvenientes das atrocidades da guerra, seja em razão do que for.
Vivemos a fase em que a Humanidade deve exercitar a razão com todos os seus componentes, trabalhando na esfera da paz.
As escolas, os templos religiosos, os lares, as empresas trabalharão para a paz. Para isso, todas as baterias de providências estarão voltadas para a educação do indivíduo, de cuja intimidade provêm os delitos, se ele está enfermo, ou todas as luzes, se avança para maior equilíbrio.
Ao se refletir na guerra, pensa-se que tudo estará concluído e solucionados todos os problemas, quando sejam assinados os tratados de paz.
Poucos se dão conta dos desdobramentos da trágica experiência, durante e depois dela.
Nas guerras, não morrem somente os que tombam nos campos de batalha ou são devorados por explosões de quaisquer tipos. Também morre, no abismo da dor, um número ilimitado de pais e de mães, que recebem objetos de uso pessoal e condecorações póstumas dos seus filhos.
Morrem esposas vencidas pela saudade e pela solidão, após receberem as documentações que honram os seus companheiros desencarnados.
Morrem na revolta, na mágoa, no desejo de vingança contra a sociedade, multidões de filhos levados à orfandade, tendo os nomes dos seus pais glorificados no altar frio dos mausoléus dos heróis, que as pátrias lhes constroem, como se isso fosse resolver o drama das dores morais dos seres marcados pela guerra.
E o saldo dos mutilados físicos? Dos mutilados mentais, assinalados por neuroses e psicoses que retornam para os seus lares e para as ruas, muitos deles se envolvendo na violência, no crime, nos vícios e no infortúnio?
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Ao pensarmos sobre a monstruosidade da guerra, apareça onde aparecer, apoiada no motivo que for, reflitamos nas consequências dessa tragédia para a Humanidade inteira e refreemos nosso entusiasmo.
Jesus, o herói da sepultura vazia, nos conclamou para a paz. Ele afirmou que os mansos herdariam a Terra e os pacíficos seriam chamados filhos de Deus.
Envolvidos em nossos afazeres, estudando, trabalhando, falando ou realizando qualquer atividade, sejamos instrumentos da paz, permitindo que o suave ensino do mestre Galileu ilumine a nossa intimidade, iluminando os que vivem e convivem conosco.
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O homem que possui a paz, não é apenas o homem de face serena. Antes é o homem de bem, o que trabalha incessantemente no dever.
Assim, adquirir paz não é somente estar com a consciência tranquila, porém, mais do que isso, é trabalhar pela edificação da paz alheia, permanecendo em tranquilidade.
 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16, do livro Vozes do Infinito, por Espíritos diversos, psicografia de Raul Teixeira