quinta-feira, 31 de maio de 2012

As Três Escolhas



O discípulo apresentou-se ao orientador cristão e indagou:

- Instrutor, em sua opinião, qual é a lei que englobaria em si todas as Leis de Deus?
O interpelado respondeu:

- A Lei do Bem.

- Entretanto – acrescentou o aprendiz – quem diz “lei” refere-se a clima de ação que todos devemos observar.

- Isto mesmo.

- Nesse caso, onde ficaria o livre-arbítrio?
O orientador meditou alguns momentos e considerou:

- O livre-arbítrio é concedido a todas as criaturas conscientes, porquanto, “a cada espírito será dado o que lhe cabe receber, conforme as próprias obras”. O Criador, porém, não é autor de violência. Por isso, até mesmo ante a Lei do Bem, a pessoa humana dispõe de três opções distintas. Poderemos segui-la, parar na senda evolutiva, de modo a não segui-la, ou afastarmo-nos dela pelos despenhadeiros do mal.

- Instrutor amigo, esclareça, por obséquio, a que resultados nos levam as três escolhas referidas?
O mentor aclarou, com serenidade:

- Os que observam a Lei do Bem se encaminham para as Esferas Superiores; os que preferem descansar em caminho, por vezes se demoram muito tempo na inércia, retornando a marcha com muitas dificuldades para a readaptação às tarefas da jornada; e os que se distanciam voluntariamente, nos resvaladouros do desequilíbrio, muitas vezes, gastam séculos, presos nos princípios de causa e efeito, até que, um dia, deliberem aceitar a própria renovação... Compreendeu?
O aprendiz fez leve movimento afirmativo e começou a pensar.


(Emmanuel, de "O Essencial", Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conquista Íntima



Todos os estados enfermiços da alma se assemelham, no fundo, aos estados enfermiços do corpo, solicitando remédio adequado que lhes patrocine a cura.
E a impaciência que tantas vezes gera rixas inúteis é um deles, pedindo o específico da calma que a desterre do mundo íntimo.
Como, porém, obter a serenidade, quando somos impulsivos por vocação ou por hábito?
Justo lembrar que assim como nos acomodamos, obedientes, para ouvir o professor trazido a ensinar-nos, é forçoso igualmente assentar a emotividade, na carteira do raciocínio, a fim de educá-la, educando-nos; e, aplicando os princípios de fraternidade e de amor que abraçamos, convidaremos os nossos próprios sentidos à necessária renovação.
Feito isso, perceberemos que todo instante de turvação ou desequilíbrio, é instrumento de teste para avaliação de nosso próprio aproveitamento.
Aprenderemos, por fim, que, diante da crítica, estamos convocados à demonstração de benevolência; diante da censura, é preciso exercer a bondade; à frente do pessimismo, somos induzidos a cultivar a esperança; ante a condenação, somos indicados à bênção; e que, renteando com quaisquer aparências do mal, é imperioso pensar no bem, dispondo-nos a servi-lo.
Entregando-nos com sinceridade a semelhantes exercícios de compreensão e tolerância, estaremos em aula profícua, para a aquisição de valores eternos no terreno do espírito.
É assim que, em matéria de paciência, se a paciência nos foge, urge reconhecer que, perante as circunstâncias mais constrangedoras da vida, estamos, todos nós, no justo momento de conquistá-la.

(Emmanuel, de "Rumo Certo", Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Janelas na Alma



O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.
De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.
Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.
Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana.
De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.
*
Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séquito de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.
*
Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.



Divaldo Pereira Franco. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pai Nosso, Que Estás nos Céus



Quando Jesus começou a prece dominical, satisfazendo ao pedido dos companheiros que desejavam aprender a orar, iniciou a rogativa, dizendo assim:
- Pai Nosso, que estás nos céus...
O Mestre queria dizer-nos que Deus, acima de tudo, é nosso Pai.
Criador dos homens, das estrelas e das flores.
Senhor dos céus e da Terra.
Para Ele, todos somos filhos abençoados.
Com essa afirmativa, Jesus igualmente nos explicou que somos no mundo uma só família e que, por isso, todos somos irmãos, com o dever de ajudar-nos uns aos outros.
Ele próprio, a fim de instruir-nos, viveu a fraternidade pura, auxiliando os homens felizes e infelizes, os necessitados e doentes, mostrando-nos o verdadeiro caminho da perfeição e da paz.
Na condição de aprendizes do nosso Divino Mestre, devemos seguir-lhe o exemplo.
Se sentirmos Deus como Nosso Pai, reconheceremos que os nossos irmãos se encontram em toda parte e estaremos dispostos a ajudá-los, a fim de sermos ajudados, mais cedo ou mais tarde. A vida só será realmente bela e gloriosa, na Terra, quando pudermos aceitar por nossa grande família a Humanidade inteira.



Francisco Cândido Xavier. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB. 

domingo, 27 de maio de 2012

Egoísmo



Herança evidente de nossa antiga animalidade, por toda a parte, ainda vemos o egoísmo a repontar em toda extensão do mundo. . .

O egoísmo!. . .


Em família, é o exclusivismo do sangue.
No lar, é o narcisismo doméstico.
Na oficina de trabalho, é o despeito.
Na propriedade transitória, é a ambição de posse desnecessária.
Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual.
Na ignorância, é a agressividade.
Na riqueza amoedada, é o espírito de usura.
Na pobreza, é a inveja destrutiva.
Na madureza, é o azedume.
Na mocidade, é a ingratidão.
No ateísmo, é a impiedade.
Na fé religiosa, é a intolerância.
Na alegria, é o excesso.
Na tristeza, é o isolamento.
Nos fortes, é a tirania.
Nos fracos, é a astúcia.
Na afetividade, é o ciúme.
Na dor, é o desespero.


Na imitação que lhe é próprio, usa em todos os setores as mais diversas máscaras e qual o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicite, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura. . .


Se desejarmos dar combate à praga do egoísmo no fundo da alma, saibamos estender, cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, e, aprendendo a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos, conquistaremos com o Cristo a plenitude do amor que lhe converteu a própria cruz em ressurreição para a Vida Eterna.


(Emmanuel, de "Encontro de Paz", Francisco Cândido Xavier, edição IDE)

sábado, 26 de maio de 2012

Bem-Aventurados



Bem-aventurados os aflitos:

Que, chorando – não se desanimam,
Que, ofendidos – não revidam,
Que, esquecidos pelos outros – não olvidam os deveres que lhes são próprios,
Que, dilacerados – não ferem,
Que, caluniados – não caluniam,
Que, desamparados – não desamparam,
Que, acoitados – não praguejam,
Que, injustiçados – não se justificam,
Que, traídos – não atraiçoam,
Que, perseguidos – não perseguem,
Que, desprezados – não desprezam,
Que, ridicularizados – não ironizam,
Que, sofrendo – não fazem sofrer...


Até agora, raros aflitos da Terra conseguiram merecer as bem-aventuranças do Céu, porque, realmente, com amor puro somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com sua ressurreição e com o seu devotamento, a Humanidade inteira.

(André Luiz, de "Através do Tempo", Chico Xavier, edição IDE)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Coisas Mínimas




"Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?" - Jesus. (Lucas, capítulo 12, versículo 26.)

Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura. Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas. São parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: "Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?"




Francisco Cândido Xavier. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 31.  

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Se...



Se, em muitas ocasiões:


A tristeza o toma e você esquece a alegria;
A calunia o fere e você esquece o perdão;
O desânimo o corrói e você se esquece da coragem;
A irritação vem e você esquece da calma;
O desespero o arruína e você se esquece da esperança;
O orgulho o fustiga e você se esquece da humildade;
A vaidade o cega e você se esquece da modéstia;
A indiferença o enregela e você se esquece da ternura;
O egoísmo o isola e você se esquece da caridade;
O ódio o convida para o mal e você se esquece do amor, que o chama ao bem;

Se isso lhe ocorre em poucos minutos e você se esquece das horas, meses e anos de aprendizado religioso, é justo reconhecer que, embora tenha encontrado JESUS, você realmente não dispôs a seguir-LHE os passos...

(André Luiz/Chico Xavier, de "Decisão", edição IDE)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Silêncio



O silêncio ajuda sempre:

- Quando ouvimos palavras infelizes.
- Quando alguém está irritado.
- Quando a maledicência nos procura.
- Quando a ofensa nos golpeia.
- Quando alguém se encoleriza.
- Quando a crítica nos fere.
- Quando escutamos a calúnia.
- Quando a ignorância nos acusa.
- Quando o orgulho nos humilha.
- Quando a vaidade nos provoca.

O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo.

Francisco Cândido Xavier. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB. 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Insegurança e Medo



O homem é as suas memórias, o somatório das experiências que se lhe armazenam no inconsciente, estabelecendo as linhas do seu comportamento moral, social, educacional.
Essas memórias constituem-lhe o que convém e o que não é lícito realizar.
Concorrem para a libertação ou a submissão aos códigos estabelecidos, que propõem o correto e o errado, o moral, o legal, o conveniente e o prejudicial.
Face a tais impositivos desencadeiam-se, no seu comportamento, as fobias, as ansiedades, as satisfações, o bem ou o mal-estar.
Neste momento social, o medo assume avantajadas proporções, perturbando a liberdade pessoal e comunitária do indivíduo terrestre.
Procurando liberar-se desse terrível algoz, as suas vítimas intentam descobrir-lhe as causas, as raízes que alimentam a sua proliferação. Todavia, estas são facilmente detectáveis. Estão constituídas pela insegurança gerada pela violência; pelo desequilíbrio social vigente; pela fragilidade da vida física - saúde em deterioramento, equilíbrio em dissolução, afetividade sob ameaça; receio de serem desvelados ao público os engodos e erros praticados às escondidas; e, por fim, a presença invisível da morte...
Mais importante do que pensar e repensar as causas do medo é a atitude saudável, ante uma conduta existencial tranqüila, pelo fruir cada momento em plenitude, sem memória do passado - evitando o padrão atemorizante - nem preocupação com o futuro.
A existência humana deve transcorrer dentro de um esquema atemporal, sem passado, sem futuro, num interminável presente.
*
Não transfiras para depois a execução de tarefas ou decisões nenhumas.
Toma a atitude natural do momento e age conforme as circunstâncias, as possibilidades.
Cada instante, vive-o, totalmente sem aguardar o que virá ou lamentar o que se foi.
Descobrirás que assim agindo, sem constrições, nem pressas ou postergações, te sentirás interiormente livre, pois que somente em liberdade o medo desaparece.
Não aguardes, nem busques a liberdade. Realiza-a na consciência plena que age de forma responsável e tranqüiliza os sentimentos.
*
O medo desfigura e entorpece a realidade. Agiganta e avoluma insignificâncias, produzindo fantasmas onde apenas suspeitas se apresentam.
É responsável pela ansiedade - medo de perder isto ou aquilo - sem dar-se conta que somente se perde o que se não tem, portanto, o que não faz falta.
A ação consciente, prolongando-se pelo fio das horas, anula o medo, por não facultar a medida do comportamento nas memórias pessoais ou sociais.

 Divaldo Pereira Franco - Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Experiências Pessoais



É dever nosso sustentar a campanha de esclarecimento contra a influência do mal, preservando-nos contra a criminalidade.
Em nos referindo, porém, ao plano familiar, surge sempre o instante em que somos constrangidos a ver alguns dos nossos entes queridos à beira de experiências pessoais que consideramos difíceis e dolorosas.
Nessas ocasiões, supomos perceber toda a extensão dos perigos a que se expõem e costumamos temer por eles; às vezes, caminham na direção de graves riscos que conhecemos por experiência; noutras circunstâncias, dirigem-se para situações embaraçosas, em cujas correntes de sombra admitimos haver, noutro tempo, sofrido ou navegado.
Que fazer em lances desses, nos quais surpreendemos corações amados, à feição de viajores desprevenidos, escalando o monte agressivo da tentação, ameaçados por avalanches que talvez lhes arrasem as melhores possibilidades da existência?
Antes de tudo, reconheçamos que nenhuma criatura se sente feliz com as nossas intervenções indébitas, no sentido de lhes cercear a liberdade de tentar, por si mesmas, a construção da própria felicidade.
Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
Emoções e pensamentos, tanto quanto as impressões digitais, variam de pessoa a pessoa; conseqüentemente, determinados caminhos que nos fizeram menos felizes, em outra época, serão provavelmente os mais adequados à edificação da vitória espiritual sonhada pelos entes que amamos, enquanto que certas criaturas que nos parecem menos simpáticas serão possivelmente as mais capazes de resolver-lhes os problemas que, talvez, sem o concurso dessas mesmas criaturas, permanecessem indefinidamente insolúveis.
Por outro lado, as circunstâncias que rodeiam agora os seres que abençoamos com a nossa extremada afeição podem não ser idênticas àquelas com que fomos defrontados, nos dias que se foram, e, muitas vezes, nas condições em que falimos, revelar-se-ão eles muito mais vigorosos que nós mesmos, impondo-se a ocorrências desagradáveis e criando talvez respeitáveis padrões de conduta para o reconforto e a segurança de muitos.
Tenhamos, assim, suficiente cautela, para não ferir a independência pessoal daqueles a quem amamos, neles enxergando filhos de Deus, quanto nós próprios, com necessidades semelhantes às nossas, segundo o preço das experiências que se proponham a pagar, no mesmo critério com que temos resgatado o custo das nossas.
E sempre que os vejamos em supostos perigos, saibamos que a melhor forma de auxílio que lhe poderemos prestar será invariavelmente o amparo da oração e a benção da boa palavra com que se sintam encorajados a trabalhar e servir, lutar e vencer com o apoio do Bem.

(Emmanuel/Chico Xavier, de "Encontro Marcado")

domingo, 20 de maio de 2012

Experimenta



Se desejas penetrar a essência divina da dor, alonga o próprio olhar acima do círculo estreito das tuas cogitações e busca estender os problemas e as necessidades dos outros.


Se julgas, coloca-te na posição daquele que se fez objeto de tua apreciação, a fim de que não sentencies com a leviandade da ignorância.


Se te encontras perante algum juiz, pondera a gravidade da missão do homem que aplica os artigos da lei.


Se administras, não esqueças de situar o próprio coração no lugar daquele que te obedece, para que não decidas, quanto aos processos de tua competência, longe do senso das proporções.


Se te encontras na subalternidade, aprende a sentir as responsabilidades daquele que te dirige no trabalho, para que te não precipites no resvaladouro da inconsciência.


Se te apresentas no corpo masculino, medita nas aflições da mulher, para que não faças da vida um curso deplorável de animalidade deprimente.


Se te envolves na túnica feminina, reflete nos pesados misteres do homem, evitando o mergulho da própria alma nas superficialidades inúteis.


Se guardas um corpo robusto, não olvides o doente, a fim de que a aflição seja menos inquietante em teu espírito no dia em que fores visitado pela enfermidade.


Se te encontras doente, não te revoltes contra as pessoas de saúde relativa que te não compreendem ainda o sofrimento, para que a exteriorização de tua atitude não seja veneno mental.


Experimenta ver mais longe.


No momento em que te colocares na alma do teu semelhante, compreendendo-lhe as dores e enigmas, haverá no imo de teu coração grande e abençoado espaço para a verdadeira fraternidade e, então, a dor, de qualquer espécie, surgirá aos teus olhos imortais por divina luz.


(Emmanuel/Chico Xavier, de "Fé, Paz e Amor")

sábado, 19 de maio de 2012

Dias de Sombra



Coincidentemente, há dias que se caracterizam pela sucessão de ocorrências desagradáveis. Nada parece dar certo. Todas as atividades se confundem e os fatos se apresentam deprimentes, perturbadores. A cada nova tentativa de ação, outros insucessos ocorrem, como se os fenômenos naturais transcorressem de forma contrária.
Nessas ocasiões as contrariedades aumentam e o pessimismo se instala nas mentes e na emoção, levando-as a lembranças negativas com presságios deprimentes.
Quem lhe padece a injunção tende ao desânimo e refugia-se em padrões psicológicos de auto-aflição, de infelicidade, de desprezo por si mesmo.
Sente-se sitiado por forças descomunais, contra as quais não pode lutar, deixando-se arrastar pelas correntes contrárias, envenenando- se com o mau humor.
São esses, dias de provas e não para desencanto; de desafio e não para a cessação do esforço.
Quando recrudescem as dificuldades, maior deve ser o investimento de energias, e mais cuidadosa a aplicação do valor moral na batalha.
Desistindo-se sem lutar, mais rápido se dá o fracasso, e quando se vai ao enfrentamento com idéias de perda, parte do labor já está perdido.
Nesses dias sombrios, que acontecem periodicamente, e às vezes se tornam contínuos, vigia mais e reflexiona com cuidado.
Um insucesso é normal, ou mesmo mais de um, num campo de variadas atividades. Todavia, a intérmina sucessão deles pode ter gênese em fatores espirituais perniciosos, cujas personagens se interessam em prejudicar-te, abrindo espaços mentais e emocionais para intercâmbio nefasto contigo, de caráter obsessivo.
Quanto mais te irritares e te entregares à depressão, mais forte se te fará o cerco e mais ocorrências infelizes tomarão forma.
Não te debatas até a exaustão, nadando contra a correnteza. Vence-lhe o fluxo, contornando a direção das águas velozes.
Há mentes espirituais maldosas, que te acompanham, interessadas no teu fracasso.
Reage-lhes à insídia mediante a oração, o pensamento otimista, a irrestrita confiança em Deus.
Rompe a continuidade dos desacertos, mudando de paisagem mental, de forma que não vitalizes o agente perturbador.
Ouve uma música enriquecedora, que te leve a reminiscências agradáveis ou a planificações animadoras.
Lê uma página edificante do Evangelho ou de outra Obra de conteúdo nobre, a fim de te renovares emocionalmente.
Afasta-te do bulício e repousa; contempla uma região que te arranque do estado desanimador.
Pensa no teu futuro ditoso, que te aguarda.
Eleva-te a Deus com unção e romperás as cadeias da aflição.
Há sempre Sol brilhando além das nuvens sombrias e, quando ele é colocado no mundo íntimo, nenhuma ameaça de trevas consegue apagar-lhe, ou sequer diminuir-lhe a intensidade da luz. Segue-lhe a claridade e vence o teu dia de insucessos, confiante e tranqüilo.


Divaldo Pereira Franco. Momentos de Saúde. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 14.  

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Males e Remédios



Inconformação diante dos sofrimentos?
Olhe em derredor e reconhecerá legiões de pessoas que sofrem muito mais sem as suas possibilidades de reconforto.

Desentendimento em família?
Oriente as crianças de casa e respeite os adultos, deixando a eles a faculdade de se decidirem, quanto as próprias realizações, qual acontece no mundo íntimo de cada um de nós.

Algum erro cometido?
Reconsidere a própria atitude e não se constranja em aceitar as suas deficiências, de modo a corrigi-las.

Erros alheios?
Observando-se quão difícil aprender sem errar, saibamos desculpar os desacertos dos outros, tanto quanto esperamos tolerância para os nossos.

Entes queridos em falha?
Deus que nos criou a todos saberá conduzí-los sem que tenhamos a obrigação de arrasar-nos ao vê-los adquirindo as experiências da vida, pelas quais também nós temos pago ou pagaremos o preço que nos compete.

Provação?
Uma visita ao hospital pode dar a você a ficha de suas vantagens em relação aos outros.

Problemas?
Não se sabe de criatura alguma que evolua ou se aperfeiçoe, sem eles, incluindo aquelas que se supõe tranqüilas por estarem fugindo provisoriamente de trabalhar.

Angústia?
Ao que se conhece, todo tratamento para supressão da ansiedade está baseado ou complementado pelo serviço em favor de alguma causa nobre ou em auxílio de alguém.

Censura?
Um minuto de auto-análise nos fará sentir que não estamos muito certos, quanto à nossa própria resistência, se acaso estivéssemos no lugar daqueles que jazem caídos em desapreço.

Desilusões e fracassos no relacionamento afetivo?
Experimente Jesus.

(André Luiz / Francisco Cândido Xavier, de "Respostas da Vida")

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Agora, Não Depois.



Nem cedo, nem tarde.


O presente é hoje.


O passado está no arquivo.


O futuro é uma indagação.


Faze hoje mesmo o bem a que te determinaste.


Se tens alguma dádiva a fazer, entrega isso agora.


Se desejas apagar um erro que cometeste, consciente ou inconscientemente, procura sanar essa falha sem demora.


Caso te sintas na obrigação de escrever uma carta, não relegues semelhante dever ao esquecimento.


Na hipótese de idealizares algum trabalho de utilidade geral, não retardes o teu esforço para trazê-lo à realização.


Se alguém te ofendeu, desculpa e esquece, para que não sigas adiante carregando sombras no coração.


Auxilia aos outros, enquanto os dias te favorecem.


Faze o bem agora, pois, na maioria dos casos, “depois” significa “fora de tempo”, ou tarde demais...

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier - do livro "Hora Certa")

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Desejos



Desejo é realização antecipada.

*

Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.

*

Como você pensa, você crê, e como você crê, será.

*

Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.

*

Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.

*

O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.

*

Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.

*

A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.

*

O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objeto a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.

*

A senteça de Jesus: "procura e achará" equivale a dizer: "encontrarás o que desejas".


Francisco Cândido Xavier. Pelo Espírito André Luiz - Sinal Verde 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Em Teu Mundo



             

Permanece em teu mundo, quanto a flor no galho que a viu nascer...
Espalha o perfume de tua alma, a fim de que o teu espaço individual se eleve e engrandeça.

O apoio fraternal opera milagres de fortaleza no espírito abatido.
O mau inclina-se ao bem se tuas mãos lhe descerram os tesouros do auxílio.

O avarento abre as portas da alma quando te vê renunciar.

O ignorante recebe jatos de luz com a tua palavra bondosa e simples.

O homem endurecido cede sempre aos imperativos do perdão se te observa amparando e sofrendo sem reclamar.

O descrente perde o frio do coração ao calor de tua fé.

O desalentado renova as próprias forças, ao contágio de teu bom ânimo.

O triste volta à alegria com o teu sorriso de paz e entendimento.

O desamparado encontra refúgio em teu carinho de irmão.

Cada inteligência é um centro gerador de vida.

Não te canses de criar a felicidade e o amor, trabalhando e cooperando, amando e servindo.

Dá sempre de ti mesmo, a benefício de todos e o Senhor de Tudo te premiará com infinitos recursos.

Quando cessa o entendimento de ajudar, há obstáculos no fazer.

Quando falta o amor, desce a noite sobre o dia da alma...

Quando escasseia a esperança, cai gelo sobre o destino.

Faze de teu mundo um celeiro de bênção e de tua existência um cântico de graças.

O tempo é o nosso aliado divino...

Enche as tuas horas de fé e bondade, serviço e beleza e o Céu virá habitar contigo em qualquer inferno que a ignorância provisória do homem haja construído impensadamente na Terra!


Emmanuel
(Do livro "Nosso Livro", Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pacto de Amor Universal




Pede a evolução para que você se faça veterano da experiência terrestre.
Não se amedronte diante do erro, mas não caminhe desprevenido.
A estrada humana conserva armadilhas, a cada passo, colhendo almas invigilantes, contudo, só na crosta planetária obterão você as conquistas que lhe melhorem o ser à luz da imortalidade.
Há espíritos que, por muitas vezes, partem da carne através da morte e à carne voltam através de berço, quais estátuas inermes que, depois de enterradas durante séculos, volvem ao exame de outrem, sem qualquer aspecto novo que lhes altere os esgares fixos.
Domine as próprias tendências inferiores que lhe pareçam insubjugáveis. Você é soberanamente livre na intimidade do próprio espírito.
Apenas você decifrará os enigmas que transporta na consciência. Somente você destorcerá as meadas de sombra que lhe surjam no pensamento.
Não tente sufocar a sua sede de infinito, porém, não se renda às ilusões da maioria.
Se a taça das espetaculares vitórias humanas quase sempre se destaca repleta de lágrimas alheias, a taça das legítimas vitórias do espírito transborda suor individual.
Você será sempre o principal sobrevivente de seus dias.
A sepultura é o nível das medidas terrenas, mas a vida é multiface, no Mais Além; à vista disso, na realidade substancial as suas atitudes e ações meritórias é que constituem a base de sua felicidade e a sua prédica irresistível.
Cale gemidos e suspiros frustrados, decidindo-se a realmente servir.
O amor puro é a síntese de todas as harmonias conhecidas.
A fraternidade é o pacto de Amor Universal entre todas as criaturas perante o Criador.
Nossa alegria somente viceja em conjunto com a alegria de muitos.
De que vale a alguém o título de heroi numa tragédia? Onde o benefício de uma santidade que terá brilhado no deserto, sem ser útil a ninguém?
Com o Espiritismo nasceu na Terra a fé raciocinada.
Você, portanto, interiormente está livre para ajudar a você mesmo, consciente qual se encontra de que auxiliar com desinteresse aos outros é interpretar vivamente a filosofia de Cristo e consolidar a segurança do próprio bem.

(André Luiz/Francisco Cândido Xavier)




domingo, 13 de maio de 2012

Quando Deus Criou as Mães




Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.

Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.

Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.

Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.

Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.

Outro para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.

Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.

De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.

Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.

Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.

Uma mulher. Uma mãe.

* * *
Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.

Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.

 


Redação do Momento Espírita

sábado, 12 de maio de 2012

Para Sempre



Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.



Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Paciência Antes da Crise





O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.

O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...

Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.

Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.

Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.

Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.

*   *   *

Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.

Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.

Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.

Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.

A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.

O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.

É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.

*   *   *

Você já se propôs ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida alguma vez?

É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.

Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.

Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.

Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.
 
 do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Imunização Espiritual



Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças:


Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;


Que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho;


Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém;


Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;


Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;


Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;


Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;


Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;


Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;


Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;


E que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.


(Emmanuel / Chico Xavier - do livro "Paz e Renovação")

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Use Seus Direitos


                
               Realmente, você dispõe do direito:

        - de amealhar, em seu benefício, os frutos da experiência;
        - de guardar em silêncio a lição que lhe cabe em cada circunstância;
        - de reprimir os próprios gastos para atender ao culto do amor ao próximo;
        - de acumular os valores morais do caminho por onde passa;
        - de aperfeiçoar primeiramente o seu coração, antes de intentar o burilamento de outras almas;
        - de socorrer as vidas menos felizes que a sua própria;
        - de agasalhar indistintamente os desnudos do corpo e da alma;
        - de espalhar a sua influência na preservação da paz e da alegria;
        - de mostrar diretrizes superiores ao irmão de luta, colocando-se, antes de tudo, dentro delas;
        - de libertar-se dos preconceitos injustos sem alarmar as mentes alheias;
        - e de convocar aqueles, com que convive, ao campo do trabalho edificante, sem exigir nem gritar, mas sim com a mensagem silenciosa de seu exemplo na sustentação do bem, com certeza de que o dever respeitado e cumprido é o caminho justo para o direito de crescer com Jesus no serviço da felicidade geral.
 
   Emmanuel e André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

terça-feira, 8 de maio de 2012

Caminho de Luz



Para qualquer estação de melhoria e progresso, aperfeiçoamento e elevação, o trabalho no bem será sempre o caminho de luz.


Se te dizes inexperiente, acharás no trabalho a precisa maturação.


Se te declaras em condições de fraqueza, é a escola que te fará forte, ante as exigências edificantes da vida.


Se te afirmas sem méritos, o trabalho é a via de acesso a eles.


Se inibições ou angústias te cerceiam as manifestações, é o processo mais rápido de extingui-las.


Se te asseveras nas sombras da ignorância, é a lâmpada acesa que te clareará a existência sob a forma de estudo,


Se companheiros te abandonam, é o meio de obter outros muitos ao nível de teus encargos.


Se adversários te incomodam, é a norma de ação para que te respeitem.


Se a necessidade te bate à porta, é a providência com que a liquidas.


Se mágoas te aniquilam as horas, é o dissolvente que as destrói.


Se calúnias te apedrejam, é o lugar em que as desmentes.


Se a perseguição te fustiga, é a posição em que a justiça te assegura defesa.


Se a tentação te assedia, é o método de frustrá-la.


Se caíste em erro, é o apoio em que te reergues.


Se alguém te hum ilha, é a força que te levanta.


Se sofreste prejuízos, é o campo em que te refazes.


Se a solidão te ensombra os dias, é o clima que te enriquecerá de afeições.


Trabalha sempre, notadamente construindo a felicidade alheia e estarás edificando a própria felicidade.


O amor é Deus na criatura, gerando bênçãos.


O trabalho é a criatura em Deus, realizando prodígios.


(Emmanuel, de "Nascer e Renascer", Francisco Cândido Xavier)